Dados revelados pelo Sebrae, a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), mostram que 52% dos novos empreendedores, com menos de três anos e meio de atividade, são mulheres. O empreendedorismo feminino é maioria em quatro das cinco regiões brasileiras. Apenas no Nordeste elas ainda não ultrapassaram os homens, mas possuem 49% de participação entre os novos empresários.
O estudo credita o resultado à força do mercado interno brasileiro, fortalecido pela expansão da classe média. Entretanto, afirma como fator determinante para o aumento do número de mulheres que empreendem a flexibilidade para administrar o próprio tempo, pois gerenciando a própria empresa elas conseguem dividir o trabalho com outras atividades da vida familiar.
Outra pesquisa do Sebrae mostra que de cada dez mulheres empreendedoras no Brasil, sete atuam nos setores de comércio e serviços. Essa concentração não ocorre entre os homens, que se dividem de forma mais equilibrada entre todos os setores. Do total de mulheres donas de micro e pequenas empresas no Brasil, 38% estão no comércio e 33% nos serviços.
As atividades mais procuradas pelas mulheres ao abrir uma empresa são as de cabelereiro e manicure, seguidas pelo ramo de bares e lanchonetes. No comércio, elas estão mais presentes nas vendas ambulantes, de acessórios de vestuário, alimentos e bebidas. Na indústria estão 20% das empreendedoras, a maioria delas envolvida no ramo de vestuário, como a fabricação de roupas sob medida.
Para a coordenadora financeira do Nume (Núcleo da Mulher Empresária), da AEMFLO e CDL-SJ, Roseli Laurindo, ter seu próprio negócio é buscar a independência. “É fato que a mulher está empreendendo cada vez mais. Porém, o mercado de beleza, em que está sendo mais investido, está ficando saturado e para atualizar o negócio tem que fazer mais cursos. Ter o próprio negócio proporciona mais tempo livre, pois fazemos nosso horário”, diz.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias