A intenção é reduzir rendimentos da principal forma de aplicação dos brasileiros e desestimular que grandes investidores migrem para o modelo, que não cobra IR
O presidente afirmou no último dia 16 que o cálculo do rendimento da poupança precisa mudar, mas ponderou que o assunto será discutido “com carinho” para que os poupadores que usam o recurso não saiam prejudicados.
“Precisamos proteger os poupadores, mas não podemos permitir que pessoas que tenham muito dinheiro apliquem tudo na poupança”, disse Lula. “A poupança é para salvaguardar os interesses da maioria da população que não tem muito dinheiro”.
A preocupação com o rendimento da poupança é das instituições financeiras. Depois do corte da taxa básica de juros pelo BC (Banco Central) – e que deve continuar a ocorrer –, os juros da caderneta ficaram mais atrativos do que os dos títulos públicos. O efeito pode ser uma migração de dinheiro dos fundos de investimento para a poupança. Para o governo, isso pode significar maior dificuldade para vender títulos e administrar a dívida pública.
Uma das vantagens da poupança é que não há cobrança nem de IR (Imposto de Renda), nem de taxa de administração, como ocorre nos fundos. A taxa de administração tem um custo que oscila normalmente entre 1% e 4% ao ano. E como a queda dos juros diminui os rendimentos dos fundos, fica mais vantajoso investir na poupança.
Fonte: DC