O movimento lojista brasileiro vai requerer ajustes no projeto de criação do Cadastro Positivo, aprovado na Câmara dos Deputados no último dia 19.
O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, lembra que a entidade sempre defendeu o projeto, mas alguns destaques aprovados na Câmara dos Deputados inviabilizam o projeto, como a exigência do Aviso de Recebimento (AR). “Esta necessidade é um entrave, pois há áreas não atendidas por este serviço – algumas rurais e até mesmo urbanas”, argumenta Pellizzaro Junior.
Outra decisão que preocupa os lojistas é a que prevê que dívidas ou parcelas de até R$ 60 não sejam incluídas nos cadastros de proteção ao crédito. “Do jeito que está, vai contra o varejo”, atesta Sergio Alexandre Medeiros, presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC). “É inviável o empresário ter que arcar com estas inadimplências, que não poderão estar no SPC para consulta.” O projeto ainda prevê a não inclusão nos bancos de dados de consumidores com atrasos no pagamento de contas de água, luz, telefone ou gás. “Outro equívoco, pois o varejo precisa estar ciente deste tipo de atraso para poder fazer uma melhor análise na hora da venda”, destaca.
A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas deve solicitar uma audiência pública para mostrar aos senadores – que irão apreciar o projeto nas próximas semanas – os pontos positivos e negativos do Cadastro Positivo aprovado na Câmara. Uma vez ajustadas estas questões, acredita Pellizzaro Junior, o projeto deverá melhorar as relações de crédito, reduzindo a participação financeira nas transações mercantis e permitindo concessões de crédito mais justas e rápidas.
Fonte: www.pressfloripa.com.br