Buscando ampliar conhecimento, os integrantes da CSA (Câmara Socioambiental), da AEMFLO e CDL-SJ, visitaram o complexo Ayrton Senna, da Renault, em São José dos Pinhais, no Paraná, no dia 30 de julho. Os empresários foram recebidos pelo vice-presidente da empresa, Alain Tiesser, e puderam conheceram o case da empresa, além de visitarem as estruturas da Renault.
A Renault possui um sistema de gestão global de resíduos, realizado por 93 pessoas, que reprocessam cerca de sete mil toneladas de resíduos por mês, entre papelão, plástico, metal, entre outros. Deste montante, 1,128% vai para o aterro; 3,005% para o coprocessamento; 0,001% para o lixo hospitalar e os 95,866% restantes vão para a reciclagem.
A empresa também realiza a reciclagem de sílica, que é a principal matéria-prima do vidro, destinada principalmente à construção civil. Também são coletadas 68 mil bitucas de cigarro por mês, utilizadas para a recuperação de áreas degradadas e 70 toneladas de borra de tinta, também reutilizadas pela construção civil. A empresa realiza ainda a reciclagem de lodo da estação de tratamento. São retiradas 108 toneladas de lodo, que são encaminhadas para o coprocessamento. O lodo tem de 15% a 17% de ferro em sua composição. O ferro, então, é retirado e passa por um longo processo para ser transformado novamente em peça metálica.
Com esses projetos, a empresa conseguiu obter uma redução de 5% de custo. Após as explicações, os nucleados conheceram o setor de tratamento de efluentes industriais, a central de resíduos e os carros movidos a eletricidade. Hoje, a Renault possui três fábricas: de motores, fabricando 1.600 deles por dia; de veículos de passeio, como Duster, Logan e Sandero, produzindo 1.290 deles por dia e de veículos utilitários, como os modelos Master e Frontier, produzindo 193 veículos por dia. Juntas, as fábricas totalizam cerca de 9.500 funcionários, sendo 5.500 funcionários diretos e 4.000 terceirizados.
A coordenadora da CSA, Cristine Cabral, relata que através foi possível conhecer vários projetos dentro da empresa que visam minimizar os impactos ambientais. Além disso foi possível reforçar a importância da pesquisa contínua para aprimorar os projetos já existentes, aumentando o índice de reaproveitamento dos resíduos gerados. Há inúmeras maneiras de reaproveitar os resíduos e reduzir os custos. Tivemos uma grande experiência ao visitar a Renault”, conta.