Acesso Rápido

Notícias

Indústrias catarinenses gastam 14% do faturamento em logística

01/07/2015

Dados da pesquisa Custos Logísticos na Indústria Catarinense, da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), mostra que os custos com transporte representam 49% do total gasto pelas indústrias do Estado com logística de suprimentos e produtos acabados.

Isso representa que 7% do faturamento total do setor da indústria são direcionados para este fim, enquanto outros 7% com estoque e armazenagem.

O impacto sobre as indústrias do Estado, de 14%, é maior que a média brasileira, de 11,2%, e que os 9% estimados para outros países. O custo com logística é ainda mais pesado em alguns segmentos produtivos.

Entre eles, se destaca o de madeira (26%), material elétrico (22%) e mecânica (22%). O estudo destaca que Santa Catarina precisa investir mais em infraestrutura e logística, além de aumentar o uso de outros modais.
O vice-presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Nelson Silveira, é proprietário da Higie-Plus Cottonbaby e comprova esses números, já que 15% do seu faturamento é consumido pela logística. “Gastamos muito com o tempo que o motorista fica paralisado na estrada, com gasolina e a manutenção dos caminhões, que são prejudicados com a condição precária das estradas”, diz o empresário, revelando que economizaria de 8% a 10% se as estradas de Santa Catarina fossem melhores. Silveira garante que investiria esses recursos na qualidade de vida dos funcionários, no atendimento ao cliente e na competitividade da empresa.

Para o vice-presidente do Conselho Deliberativo das entidades, Jorge Guarezi, o poder público deveria agir de forma mais preventiva e menos corretiva. “O governo só resolve os problemas quando começam a criar gargalos. É preciso pensar antes que eles aconteçam e planejar a infraestrutura”, diz.

Guarezi conta, como empresário do ramo de materiais de construção, que sofre com as entregas fora da cidade e pontua que a logística acarreta à empresa mais veículos no trânsito do que deveria, mais tempo na fila, mais combustível, entre outros fatores. “Isso impacta no custo final dos produtos. Se não tivesse um custo tão alto com a logística, certamente reduziria os preços”, declara.

01/07/2015

Mais notícias