O diretor de Indústria da AEMFLO, Edgar Martins, afirma que os dados são impactantes e que as indústrias estão parando de produzir, pois não há demanda. “Os estoques estão cheios. Hoje, são 70 milhões de brasileiros endividados. Infelizmente, em 2016 o setor enfrentará ainda mais dificuldades e a indústria metalúrgica será a mais prejudicada”, revela.

Os dados mostram também que a construção civil demitiu 416 mil pessoas, o setor de serviços fechou 276 mil vagas e o comércio 218 mil. A indústria extrativa mineral registrou 14 mil demissões no ano passado, enquanto a administração pública contabilizou 9,23 mil. As demissões superaram as contratações em 1,54 milhão de vagas formais em todo ano passado. O resultado de 2015 é o pior desde quando o governo iniciou a contabilização de empregos formais, em 1992.

Ainda de acordo com o Caged, no ano passado o salário médio de admissão ficou em R$ 1.270,74, contra R$ 1.291,86 em 2014, representando uma queda de 1,64%.  Além disso, o emprego formal caiu em todas as regiões do país. No Sul, houve o fechamento de 229.320 vagas. O Sudeste foi a região que mais demitiu (891.429), seguido por Nordeste (254.402), Norte (100.212) e Centro Oeste (67.008).