Funcionários do transporte público da Capital decidiram em assembleia na noite de terça-feira (27/05) que paralisariam os serviços nesta quarta-feira (28/05). E cumpriram o combinado: o dia amanheceu sem ônibus circulando nas ruas da Grande Florianópolis. Segundo a prefeitura de Florianópolis, 250 mil pessoas ficaram sem transporte público.
A greve, segundo o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis), é motivada pela possibilidade de redução de 350 cobradores de ônibus com a implantação do novo edital de transportes, assinado no dia 30 de abril. No entanto, a Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais afirma que não haverá demissões, somente por justa causa. O que ocorrerá é uma readequação dos profissionais para o setor de cobrança.
Em decorrência da greve, a população é afetada mais uma vez com a falta de transporte público. E o comércio começa a contabilizar os prejuízos. Segundo o gerente do Mac Shopping, Jefferson Ostrovski, o movimento reduziu muito. “As vendas serão afetadas também. Calculo um prejuízo de até 70%”, diz.
A situação não é ruim só no comércio, o prejuízo se arrasta em todos os segmentos empresariais. Rodrigo Vieira, da Casa dos Parabrisas calcula uma redução de 40% no faturamento em decorrência da greve. Na sede da AEMFLO e CDL-SJ também não foi diferente, cerca de 10% dos funcionários perderam o dia de trabalho por causa da greve. E, segundo o RH, só não faltaram mais, porque muitas pessoas conseguiram organizar caronas.
“Os prejuízos todos nós já conhecemos e a expectativa que nós temos é que tanto a classe trabalhadora, quanto a patronal, com intervenção do município, entrem rapidamente num acordo, pois percebemos que um dos itens que está movimentando a greve é a falta de comunicação entre eles”, analisa o presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza.