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Greve de ônibus deve trazer prejuízos às empresas da Grande Florianópolis

07/05/2014

Funcionários do transporte coletivo na Grande Florianópolis anunciaram na semana passada que farão mais uma paralisação. Segundo o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis), haverá paradas relâmpagos entre os dias 06 e 09 de maio.

As paralisações de ônibus na Grande Florianópolis já fazem parte do calendário dos moradores da região. Este ano o motivo da greve é pelo novo edital do transporte coletivo de Florianópolis, assinado na última quarta-feira (30/04) com o Consórcio Fênix, formado com as empresas já atuantes na Capital (Transol, Estrela, Emflotur, Insular e Canasvieiras). O Sintraturb alega que com o contrato haverá uma demissão inicial de 350 cobradores.

Diante da afirmação, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais afirma que não haverá demissões, somente por justa causa. O que ocorrerá é uma readequação dos profissionais para o setor de cobrança.

O novo edital de transportes da Capital prevê redução da tarifa de R$ 2,70 para R$ 2,58 em pagamento no cartão e de R$ 2,90 para R$ 2,75 em pagamento em dinheiro. Além disso, ocorrerão mudanças na integração feita nos terminais, que terá tolerância de 2h entre desembarque e embarque; o passe livre para estudantes carentes e a extensão da tarifa social para toda cidade.

Em uma das paralisações que ocorreram no ano passado, o empresário de Autopeças e Mecânica, Badu, precisou buscar os funcionários em casa para levar ao trabalho, como alternativa para diminuir os prejuízos, que chegaram a 65%. “Mas mesmo abrindo a loja e buscando os funcionários o movimento diminui drasticamente, pois em dia de greve o pessoal utiliza o carro para se locomover. Os empresários de oficina acabam se prejudicando muito”, diz.

O presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza, destaca que as greves vêm para ampliar os prejuízos para a economia do país, já que este ano teremos Copa do Mundo e eleições. “Parece-me que os exemplos pelo mundo não estão servindo de aprendizado. Caminhamos rumo a uma crise profunda, como na Grécia, Espanha, Portugal e até mesmo nos EUA, que sofreram e estão sofrendo as mazelas da incompetência do estado em gerir um crescimento sustentável e uma economia matematicamente viável. A leitura que fizemos no início do ano permanece, e as dicas são as mesmas. Muita cautela e gestão estratégica para superarmos o que vem por aí”, diz.

07/05/2014

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