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Governo garante 62% da alta da renda no Brasil ainda este ano

09/06/2009

Os aumentos do funcionalismo público, do salário mínimo e dos benefícios do programa Bolsa-Família deverão garantir 62% (R$ 26,5 bilhões) do acréscimo de R$ 42,9 bilhões no total da massa real de rendimentos no Brasil este ano, em relação ao ano passado. Esse reforço vai evitar um desempenho pior do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estudo do economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

A situação é bem diversa da verificada no ano passado. Segundo o levantamento da MB, do aumento de R$ 83,5 bilhões na massa real de renda em 2008 ante 2007, somente 17% foram consequência de decisões tomadas pelo governo. Este ano, dos R$ 26,5 bilhões de aumento da massa real de renda a serem garantidos por decisões do governo, R$ 500 milhões virão do Bolsa-Família, R$ 8,6 bilhões do aumento do salário mínimo e R$ 17,47 bilhões do reajuste do funcionalismo.

Segundo Vale, o aumento de renda impulsionado pelo governo garantirá a expansão de pelo menos 1,2% no consumo das famílias em 2009. Esse item representa 60% do PIB pela demanda, que inclui a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) e o consumo do governo.

Os efeitos do consumo das famílias no desempenho da economia este ano serão mais acentuados no segundo semestre, já que "o grosso do aumento" do funcionalismo está programado para junho e o Bolsa-Família vai incorporar 500 mil famílias em agosto e mais 500 mil em outubro. Além disso, o valor do benefício também aumentará. "Por isso, a MB tem a expectativa de estagnação do PIB, pois os estímulos de renda devem dar suporte razoável ao consumo das famílias", disse Vale. Ele explicou que a estimativa de aumento de 1,2% no consumo familiar é "um piso", já que foi projetada levando-se em consideração apenas os aumentos do salário mínimo do funcionalismo e do Bolsa-Família.

Fonte: www.globo.com/g1

09/06/2009

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