Para vencer as incertezas no mundo dos negócios, o homem busca cada vez mais se apoiar no conhecimento, ciente de que toda a evolução provoca não apenas mudanças enormes, novas implicações e responsabilidades, mas que requer acima tudo: entendimento. Assim, o conhecimento está se transformando no recurso – chave para o futuro.
Por Marcus Vinícius Assis Baptista
Não adianta desenvolver pensamentos e conceitos que já existem, julgando-os inexistentes. O conhecimento precisa ser focado na ciência, no verdadeiro conhecimento teórico.
O pensamento teórico sobrepõe, complementa e aperfeiçoa a perspectiva prática. Mas o aspecto importante a ser considerado é a interação entre ambos: teoria e prática. De nada adianta o conhecimento prático desordenado, bem como o conhecimento teórico inaplicável ou inexperiente.
A Visão Estratégica parte da premissa que a organização é um sistema aberto, dinâmico, econômico e social, vislumbra-se sua interação com a sociedade. O agente modificador deve possuir conhecimento sobre aspectos técnicos e comportamentais de decisão e de solução de problemas, partindo de diversos pontos e níveis de conhecimento.
O posicionamento da administração deve analisar cada perspectiva ou problema buscando quase sempre o trabalho em equipe. E, trabalhar em equipe significa levar em consideração os aspectos pessoais e comportamentais. A estratégia da empresa pode tangenciar a perfeição, porém sem uma equipe motivada, as resistências tendem a ser muito fortes.
Já a Visão Estrutural tem a organização como um sistema de regras e normas que definem autoridade e responsabilidade de seus integrantes, cujos comportamentos são determinados em prol do objetivo comum, definindo o papel formal dos colaboradores como o fator primordial de eficiência e eficácia.
Dependendo da estrutura e tecnologia utilizadas pela organização e a personalidade de cada integrante, a implementação das mudanças poderá tornar-se uma tarefa muito difícil. Personalidades acostumadas a superar desafios e que apreciem a competitividade, com ética e responsabilidade social, podem se sentir desmotivadas em uma organização onde todos os passos são controlados, a criatividade é inibida e o trabalho em equipe é apenas setorial ou utópico.
É preciso se ter consciência de que mesmo sob aspectos estruturalistas, com definições de cargos e atividades, níveis de responsabilidade e autoridade, as expectativas das pessoas devem ser levadas em consideração e utilizadas pela administração para efetivar o alcance dos objetivos organizacionais.
Como a globalização e a evolução tecnológica tendem a equiparar as empresas em níveis cada vez mais elevados, fica o questionamento de como as empresas mais avançadas tecnologicamente poderão inovar para que se mantenham competitivas na Era do Conhecimento.
As pessoas são e serão, cada vez mais os maiores diferenciais. Motivá-las e comprometê-las, na e com a organização, torna-se o grande desafio. Ou seja, para se mudar uma organização é necessário inovar o contrato psicológico entre o indivíduo e a empresa, equilibrando os graus de retribuição e contribuição, alterando atitudes, comportamentos e a forma de participação de cada um dos envolvidos.
Buscar a melhoria de qualquer coisa dentro da organização sem envolver pessoas torna-se cada vez mais difícil. O processo de mudança deve levar em consideração os aspectos individuais, na medida do possível, para buscar reduzir a resistência existente e motivar as pessoas sobre todo o processo.
Como as pessoas, para atingir seus objetivos, pessoais e profissionais, tendem a centralizar determinadas fontes de poder, tais como informações e recursos financeiros, pessoais ou materiais, as prioridades, em um processo de mudança, precisam ser redefinidas e as fontes de poder reaplicadas de forma a garantir a implantação da mudança. Pois, as pessoas envolvidas e que utilizam essas fontes de poder tendem a resistir e por isto o processo precisa ser conduzido com eficácia de modo a garantir o seu êxito sem reviravoltas ou recaídas muito comuns nas empresas que buscam mudanças verdadeiras, visando à necessária evolução para fazer frente a grande competitividade do mercado.
A organização precisa livrar-se dos paradigmas e acreditar que a grande alavanca das mudanças são as pessoas. E para tanto, devem estar focadas no envolvimento e comprometimento das mesmas nos processos visando uma constante e crescente melhoria dos resultados quantitativos e qualitativos da empresa.