No último dia 9, a segunda reunião entre chefes de Estado e de governo do G8, na cidade italiana de L’Aquila, terminou com novos compromissos em relação a comércio e economia, incluindo a meta de concluir a Rodada de Doha em 2010 e de retomar as negociações a partir do ponto em que foram suspensas, em julho de 2008.
A proposta de agilizar a Rodada de Doha, que trata da liberação do comércio mundial, foi debatida entre os membros do Fórum das Principais Economias (MEF, em inglês), formado por G8, G5 (Brasil, China, Índia, México e África do Sul) e Indonésia, Coreia do Sul e Austrália.
O acordo para fechar a Rodada de Doha para 2010 não possui compromisso concreto na liberalização do comércio de produtos agrícolas, o que até agora bloqueou as negociações. No entanto, os líderes do MEF destacaram a vontade de retomar as tratativas iniciadas em 2001 e anunciaram ainda terem alcançado outros compromissos durante as reuniões, como o de “não recorrer à desvalorização das moedas nacionais” como método para estimular suas exportações.
Além do avanço nas negociações comerciais, os estados presentes na cúpula se comprometeram a reformar a legislação financeira e reestruturar as instituições internacionais.
Reunidos desde o dia 8, os líderes mundiais constataram uma melhora da economia global, mas advertem que ainda existem riscos.
O presidente americano, Barack Obama, disse que os Estados Unidos não conseguirão recuperar os níveis de consumo do período imediatamente anterior à crise econômica. Durante encontro com o presidente Lula, Obama alertou que os países cujo crescimento econômico vinha sendo impulsionado pelas exportações ao mercado americano devem agora se voltar para políticas de impulso ao consumo interno. O presidente Obama explicou para Lula que houve uma transformação na economia real americana.
A conversa entre os dois presidentes também tratou de possíveis parcerias estratégicas entre o Brasil e os Estados Unidos. Após o encontro, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que para Obama, existem muitos assuntos de interesse nacional mútuo entre os dois países. “Obviamente, o presidente (Obama) acredita que o Brasil pode ser um parceiro estratégico muito próximo dos Estados Unidos, dentro de uma variação de assuntos. Há um número de assuntos de interesse nacional mútuo.”
Fonte: Diário Catarinense