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Fundação do Meio Ambiente de São José alerta para perigo das lâmpadas mercuriais

09/12/2008

Cerca de 1% dos resíduos sólidos descartados no lixo comum é constituído por elementos tóxicos, conforme estudos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Todo o ano, são produzidas no país 500 milhões de lâmpadas mercuriais e apesar do mercúrio ser extremamente nocivo para a saúde humana e meio ambiente, ainda não existe normatização para destinação e produção desses itens.

O mercúrio é um metal líquido, encontrado naturalmente no meio ambiente, e faz parte da composição de alguns produtos comumente utilizados pelos seres humanos, como os termômetros de vidro e os aparelhos para medir pressão com coluna de mercúrio.

Esse metal evapora facilmente, transformando-se em um gás incolor e inodoro, fatores que favorecem a inalação, absorção pela pele ou mesmo a contaminação de alimentos. "A Organização Mundial de Saúde reconhece o mercúrio como um metal de elevada toxidade e recomenda à área de saúde a substituição dos aparelhos que o contém", destaca a médica do trabalho e mestre em Saúde Ambiental, Drª Cecília Zavariz.

Atentos a essa periculosidade do mercúrio, os membros Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) já trabalham para reduzir os impactos ambientais ocasionados pelas lâmpadas mercuriais. O superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente de São José (FMMA/SJ), engenheiro Sílvio César dos Santos Rosa, integra a Câmara Técnica e Grupo de Trabalho do Conama, que está elaborando a Resolução para a destinação adequada dos resíduos das lâmpadas produzidas com mercúrio.

Conselheiro Nacional do Meio Ambiente desde julho de 2008, o superintendente da FMMA/SJ viaja nesta terça-feira (09/12) para participar da reunião do Conama. "Estamos conversando e sensibilizando todos os envolvidos no processo de produção, importação e reciclagem das lâmpadas mercuriais para que todos possam contribuir para garantir o tratamento adequado a esses produtos. Já promovemos reunião com os fabricantes em setembro deste ano, com a Associação Brasileira de Importadores de Lâmpadas em 16 de outubro e agora vamos nos reunir com os recicladores de materiais", declara Rosa.

Paralelamente a essa reunião, os membros do Conama, em parceria com outras instituições, iniciaram um processo de esclarecimento sobre os perigos do mercúrio para a saúde humana.

O Superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente explica que a inalação em grandes quantidades pode causar intoxicação aguda com quadro de pneumonia química, alterações no sistema nervoso, nos rins e em diversos órgãos; e, mesmo em quantidades pequenas, pode causar intoxicação crônica.

"O Conama pretende fazer um alerta nacional sobre essa questão com distribuição de cartilhas para sensibilizar a população após aprovação da resolução", destaca o superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal de São José

09/12/2008

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