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Falta de fiscalização favorece fraude

12/06/2012

No país, o aumento de carros circulando, em maio,  foi de 11,97% em comparação com abril deste ano. Em todo o ano de 2012, a previsão é de alta nas vendas. Para automóveis e comerciais leves, o aumento esperado, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), é de 3,54 milhões de unidades - crescimento de 3,5% em relação as vendas do ano passado.

Diretamente ligado ao aumento de carros, está a quantidade de gases que eles emitem na atmosfera. Para combater esse problema, desde 1992, todos os carros são fabricados com catalisador. O artefato é composto por um filtro de cerâmica, que filtra até 98% do ar poluente emitido pelos carros em matéria inofensiva para o meio ambiente. O catalisador é obrigatório e o não uso ou a adulteração, e a má conservação do aparelho configuram infração grave, com multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos na carteira.

O problema é que a legislação, existente desde 1997, nem sempre é cumprida. O aparelho custa caro e as falsificações que adulteram o funcionamento, geralmente por meio de um cano que é inserido dentro da peça, são muito populares. O prejuízo para o meio ambiente que recebe o ar poluente sem filtragem e para o motorista que danifica seu carro é grande. A ausência do catalisador causa problemas como aumento do consumo de combustível em até 20%, perda do rendimento do motor, comprometimento do sistema de injeção eletrônica e até a alteração da contrapressão do sistema de escapamento.

O empresário Rafael Gaynett, gerente da empresa Rafa Escapamentos, empresa associada à AEMFLO e a CDL-SJ, considera a falta de fiscalização o principal motivo para o grande número de adulterações. “Se a fiscalização fosse feita corretamente os motoristas iriam procurar se regularizar”, comenta. Entretanto, segundo informações da Polícia Militar de São José, o estado de Santa Catarina não faz esse tipo de fiscalização em blitzes.

O proprietário da Rafa Escapamentos, Fernando Gaynett, reitera a denúncia e considera a falta de conhecimento sobre os danos da adulteração um problema para o proprietário que não se regulariza. “Ao optar pela adulteração o dono do veículo danifica o seu carro a ponto de comprometer o sistema elétrico e consumir mais combustível. Em longo prazo a aquisição do catalisador se torna um investimento”, analisa.


O empresário Rafael Gaynett não acredita na mudança de atitude da população sem uma fiscalização por parte das autoridades competentes

12/06/2012

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