A falta de água e quedas de luz entre o Natal e o Réveillon em Florianópolis, principalmente no Norte da Ilha e Norte do Estado causaram transtornos para as regiões. Moradores de bairros como Ingleses, Canasvieiras, Santinho e Jurerê, na Capital, ficaram sem água durante dias e tiveram que recorrer aos supermercados e caminhões pipas para minimizar os contratempos. O problema também afastou os turistas que, sem água, anteciparam a volta para casa, afetando o comércio e a rede hoteleira.

O caos na Ilha só foi solucionado na madrugada do último sábado (04/01), quando os reservatórios das residências começaram a ser restabelecidos. No Norte do Estado, a solução veio apenas na segunda-feira (06/01), de acordo com o Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto).

Segundo informações da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), a falta de energia elétrica foi o motivo da falta de água na Capital. E a Agesan (Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico de Santa Catarina) estipulou até esta quarta-feira (08/01) para que a Casan e a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) entreguem relatórios, para que uma análise seja feita sobre as dificuldades no abastecimento de água. A Casan pode ser penalizada caso comprovado que questões internas provocaram o problema.

O presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza, afirma que a situação comprova mais uma vez a ingerência do poder público sobre questões básicas e problemas históricos, que certamente não terão solução. “É uma sequência incrível de desculpas esfarrapadas, explicações perdidas e falsas promessas, que efetivamente não levam à lugar algum. A Celesc e a Casan estão loteadas para cargos políticos e, de mão em mão, essas empresas estão se deteriorando em um círculo vicioso de má gestão. Até quando governador?”, questiona.