A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) fez uma análise acerca dos possíveis impactos da medida que instituiu o programa de auxílio emergencial para famílias de baixa renda, informais, desempregados e microempreendedores individuais (MEI’s) no Brasil e Santa Catarina. O estudo buscou mensurar os efeitos da medida principalmente sobre o mercado de trabalho e renda do público-alvo que a medida se destina.
Segundo presidente da Federação, Jonny Zulauf, um dos maiores objetivos do estudo é entender os principais impactos da medida e de que forma ela afetará a vida dos catarinenses e também da nossa economia. “A principal pergunta que se lança no momento em que o governo federal anuncia diversas medidas é saber o que de fato cada uma delas conseguirá entregar de resultados tanto no Brasil bem como em Santa Catarina e o quanto cada uma delas atenuam os efeitos negativos desta crise. Por isso, a FACISC tem analisado as principais medidas e trazendo a leitura de cada uma delas sobre a perspectiva estadual.”
Sobre a medida de auxílio emergencial ela vem de maneira importante e significativa por permitir que de algum modo, a população mais vulnerável com os efeitos da paralisação das atividades econômicas, recomponham parte de sua renda perdida. Neste caso, para o Brasil, o estudo apontou que 38,2% da renda total do público-alvo que a medida se destina consegue ser preservada. No caso de Santa Catarina, esse valor é de 28,7%.
Apesar da medida ser insuficiente para conter todo o impacto negativo que o cenário atual traz para essas famílias, ela vem de forma positiva, no sentido de dar proteção de parte da renda, manutenção de postos de trabalho bem como atenuar efeitos mais severos desta crise vivenciada pelo país.
Os principais destaques do levantamento realizado pela área de Economia e Estatística da FACISC são:
O potencial de contemplados pela medida emergencial é de 68,5 milhões de brasileiros (32,6% da população) e para Santa Catarina 1,6 milhões (22,7% da população do estado). O custo estimado da medida no horizonte de três meses é da ordem de R$ 123,3 Bilhões (1,7% do PIB brasileiro). Os gastos para atendimento do público-alvo em Santa Catarina é estimado em R$ 4,7 Bilhões, que representariam 1,7% em termos do PIB catarinense.
Principais resultados sobre o mercado de trabalho/empreendedores
Com as hipóteses consideradas no estudo, a medida tem capacidade de atender 55,468 milhões de brasileiros na força de trabalho (52,2% da força de trabalho). Em Santa Catarina seriam 1,486 milhões de catarinenses, que representam 38,1% da força de trabalho do estado. A medida tem potencial de absorver e/ou garantir a manutenção de 50,7% da massa de rendimento do público-alvo da medida no Brasil, e de 35,3% em Santa Catarina (considerando desempregados e trabalhadores familiares auxiliares). Considerando apenas o público-alvo que possuíam rendimentos anteriormente a proposta, a medida tem potencial de absorver e/ou garantir 38,2% (para Brasil) e 28,7% (para Santa Catarina) da massa de rendimento deste grupo.
Por categorias: As categorias que a medida possuí maior capacidade de absorção do rendimento total são: Trabalhador doméstico – sem carteira de trabalho assinada (78,6% – BR e 52,0% – SC); Empregado no setor privado – sem carteira de trabalho assinada (44,9% – BR e 34,5% – SC); Conta própria sem CNPJ (41,6% – BR e 30,9% – SC); Conta própria com CNPJ (19,9% – BR e 19,1% – SC) e Empregador sem CNPJ (15,5% – BR e 13,7% – SC).
Principais resultados sobre as famílias beneficiárias do programa bolsa família
Com as hipóteses consideradas no estudo, a medida tem capacidade de atender 13,058 milhões de famílias brasileiras e 111.830 de famílias catarinenses. A medida tem potencial de injetar R$ 5,3 Bilhões (para o Brasil) e R$ 47,2 milhões (para Santa Catarina) em recursos novos. Isso representaria um acréscimo de 312,7% (para Brasil) e 338% (para Santa Catarina) sobre o valor médio recebido pelas famílias anteriormente a medida de auxílio emergencial.
Entre as regiões do estado, a região que teria um maior acréscimo neste sentido é a região Oeste (369,5%) e a com menor acréscimo (316,9%) a região Extremo Sul.
ACESSE AQUI , o estudo completo.
Fonte: FACISC