Em julho as exportações catarinenses cresceram 5,06% em relação ao mês anterior, divulgou ontem a Federação das Indústrias (FIESC).
Em julho as exportações catarinenses cresceram 5,06% em relação ao mês anterior, divulgou ontem a Federação das Indústrias (FIESC). Os negócios fecharam em US$ 508,2 milhões. Apesar do índice positivo de variação, os números foram recebidos com cautela pela FIESC porque estão significativamente abaixo da média nacional, de 19,12%. Com participação de 3,73% nas exportações do Brasil, o Estado caiu para a nona posição no ranking nacional - no mês passado havia sido oitavo. Foi ultrapassado pelo Pará, cuja grande maioria dos embarques são commodities, principalmente minério de ferro e alumínio. Na comparação anual, a discrepância dos índices é ainda maior. As exportações catarinenses cresceram 1,21% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto o aumento das exportações nacionais ficou em 23,15%. No acumulado de 2006, Santa Catarina exportou US$ 3,28 bilhões, valor 4,23% maior que o total dos primeiros sete meses do ano passado. A variação brasileira foi de 15,11%, registrando US$ 74,5 bilhões de receita. Para a FIESC, a razão pela qual as exportações de Santa Catarina registram fraco desempenho está, além da taxa cambial, nas características dos produtos embarcados pelo Estado. A pauta exportadora catarinense está baseada em produtos manufaturados, que enfrentam forte concorrência internacional e não se beneficiam da demanda por commodities minerais ou agrícolas. Barreiras não-tarifárias contra as carnes produzidas no Estado também continuam a afetar o resultado de Santa Catarina. O embargo da Rússia à carne suína é o maior exemplo. Embora o Estado esteja livre de aftosa sem vacinação anos, os compradores russos se recusam a importar o produto alegando perigo por causa dos focos da doença registrados no ano passado no Mato Grosso do Sul e no Paraná. O resultado da resistência da Rússia está na queda de 47,44% das vendas.