Florianópolis é a capital brasileira com o ambiente mais favorável para empreendedores. É o que aponta o ICE (Índice de Cidades Empreendedoras), elaborado pela Endeavor.
O estudo concentrou-se em cidades com regiões metropolitanas onde há pelo menos 1% de empresas de alto crescimento, aquelas que conseguem crescer pelo menos 20% por três anos seguidos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa apresentou os seguintes índices: Florianópolis recebeu ICE 7,53%, seguida por São Paulo (7,46%), Vitória (7,16%), Curitiba (6,96%), Brasília (6,33%), Belo Horizonte (6,15%), Porto Alegre (5,94%), Goiânia (5,91%), Rio de Janeiro (5,86%), Manaus (5,33%), Belém (5,24%), Recife (4,83%), Fortaleza (4,77%) e Salvador (4,53%).
O estudo destaca que a liderança de Florianópolis se deve ao planejamento, que começou por volta de 1950 e ganhou força a partir da década de 1980. Os investimentos em educação e inovação, principalmente com a criação da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), trouxeram resultados concretos em longo prazo.
A pesquisa ainda ressalta que a cidade possui mão de obra capacitada, onde mais de 30% da população possui diploma de graduação. E aponta outros fatores como infraestrutura equilibrada, com fácil mobilidade, boa segurança e custos de imóveis e energia elétrica abaixo da média. No entanto, a capital catarinense precisa superar desafios como o mercado restrito e a necessidade de buscar investimento ao longo do tempo. Além disso, enfrenta a lentidão do ambiente regulatório: são quase três meses, em média, para regularizar todos os procedimentos necessários.
O vice-presidente de Administração da AEMFLO, Gilberto Rech, diz que todo o cidadão catarinense deve se orgulhar desse resultado. “Confesso que me causa surpresa, mas me deixa otimista. A Capital está rodeada por diversos municípios contendo empresas, dos mais variados segmentos e que colaborou muito para este feito. A AEMFLO também contribuiu muito, por ser uma associação que incentiva o empreendedorismo”, relata.
Rech pondera que Florianópolis ainda tem que melhorar em muitos aspectos, como saúde, educação, segurança e política. “O setor público também tem muito a melhorar. É lento e contém muita burocracia, que muitas vezes é desnecessária, causando um grande prejuízo para os empreendedores”, conclui.
Com informações do Portal Administradores
