A Câmara Municipal de São José foi o primeiro prédio público do Brasil a adotar a energia eólica, ou seja, energia que provém do vento. O aerogerador, o mesmo que foi instalado na Casa Branca (Washington/DC), custou R$ 30 mil, já com a instalação. O porte de geração de energia renovada é de 2.4 kW, produz 500 kWh/mês em média, podendo economizar até 1000 kWh mensais dependendo das condições de vento.
Na primeira semana de outubro o medidor marcava 320 kW e na seguinte estabilizou em 217 kW, sendo possível produzir de 20 a 25% da energia consumida no prédio. Fora da temporada de verão pode chegar a quase 50% da energia utilizada na câmara, além da economia é uma prática sustentável para preservação do meio ambiente.
Além do sistema de energia eólica foram construídos dois reservatórios, cada um com sete mil litros, com captação da água da chuva para usos não potáveis, como descarga de banheiros, jardins e limpeza de pisos e calçadas, gastos estes que representam cerca de 50% do consumo de água nas cidades. A terceira prática sustentável está ligada a construção de clarabóias para iluminação dos corredores do piso superior. Durante o dia, as lâmpadas permanecem desligadas proporcionando economia, sem desperdício de energia. A reforma da câmara de São José levou nove meses para ficar pronta e custou cerca de R$ 2 milhões, recursos disponibilizados pelo poder legislativo municipal. O projeto foi desenvolvido pelo presidente da Câmara Municipal Amauri dos Projetos em parceria com as arquitetas Isabela Teixeira Pinto e Pamela da Rosa.
“Quando o poder público se preocupa em promover bons exemplos e não só ditar regras que ele próprio não cumpre, aí sim, estamos nos aproximando da verdadeira democracia, que se alicerça nas boas práticas, que faz e não apenas manda fazer. Parabéns ao poder legislativo de São José e que outros órgãos públicos e privados possam seguir este belo exemplo”, parabeniza Genésio Hoffmann, vice-presidente de Relações Institucionais da CDL-SJ (Câmara de Dirigentes e Lojistas de São José).
Turbina gera economia de 20% até 50% no consumo de energia da Câmara
