O Encontro Empresarial, promovido pela AEMFLO e CD-SJ, abordou na semana passada o tema mobilidade urbana da região e contou com palestras dos integrantes do Consórcio Fênix, que opera o transporte público de Florianópolis e do secretário de Planejamento de São José, Bernardo Meyer.
Na primeira palestra, membros do Consórcio Fênix contaram como ocorreu o processo de licitação e como o Consórcio é formado: 36,14% pela empresa Transol, 29,16% pela Canasvieiras, 20,7% pela Insular, 8,65% pela Estrela e 5,32% pela Emflotur. Possui uma frota de 517 ônibus, sendo 447 convencionais, 70 executivos e 199 linhas, que resultam em 3,1 milhões de quilômetros rodados por mês. São 200 mil passageiros por dia e 5,4 milhões por mês. O quadro de funcionários é constituído por 2,8 mil pessoas. Dados mostram que 14,88% da frota já foi renovada.
Em relação aos custos, o Consórcio investe 43% na folha de pagamento, 18% no óleo diesel, 12% em veículos e garagens, 10% com impostos e outros itens fracionados, 9% em peças e pneus, 4% na utilização dos terminais e 4% com a operação de bilhetagem. O presidente do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), Waldir Gomes, afirma que praticamente 60% das receitas das empresas de ônibus são geradas por vales-transportes.
Os integrantes do Consórcio Fênix constatam que o maior problema do sistema de transporte coletivo de Florianópolis é o congestionamento e que o planejamento do sistema viário é dificultado pela geografia da cidade. Gomes destaca que o sistema de transportes é obrigado a aumentar em 8,5% o número de ônibus e funcionários na operação para que os passageiros não esperem por muito tempo nos terminais. Como uma das soluções para o problema, Gomes aponta as faixas exclusivas para ônibus. Os membros do Consórcio falaram ainda sobre a implantação de um Centro de Controle Operacional, que proporcionará aos usuários acesso à informação em tempo real e um melhor planejamento de deslocamentos.
Na segunda palestra da noite, Meyer explicou os desafios enfrentados pela mobilidade urbana em São José, como o alto volume de deslocamentos intermunicipais e a ausência de gestão integrada da mobilidade na Região Metropolitana de Florianópolis. O secretário também falou sobre as ações desenvolvidas no município, como a qualificação da Beira Mar de São José, desenvolvimento do binário de Forquilhinhas, substituição de 80 abrigos de passageiros e revitalização de ruas. Em um futuro próximo, declarou que a prefeitura pretende implantar um sistema de estacionamento rotativo e construir duas pontes: na rua Cecília Piai, na Colônia Santana e na rua Mathias Schell, no Sertão do Maruim.
