Nos últimos anos, o crescente consumo de artigos de tecnologia traz à tona uma preocupação: o destino do lixo tecnológico. Celulares, computadores e televisores descartados pelos consumidores precisam de um fim adequado, pois possuem resíduos tóxicos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Por isso, empresas estão se especializando na coleta e reciclagem desses materiais.
Diversos estados possuem lei que obriga os fabricantes a darem o destino correto aos eletroeletrônicos ao fim da vida útil. Santa Catarina é um deles, desde janeiro de 2008, as fábricas catarinenses têm que se adaptar ao novo contexto de reciclagem.
A Intelbrás, empresa de São José que atua nas áreas de telecomunicações, segurança eletrônica e informática, associada à AEMFLO e CDL-SJ, é um exemplo a ser seguido. Implementou em 2006 um sistema de Gestão Ambiental e controla os resíduos gerados nos seus processos.
Segundo Elisa Lutz Sperber, coordenadora de Gestão de Qualidade e Meio Ambiente, os produtos são desmontados e os componentes separados por tipo, para destinação ou reciclagem. “Cerca de 67%, em média, dos resíduos são encaminhados para recicladores que utilizam o material como matéria-prima em seus processos. Os demais, que ainda não são passíveis de reciclagem são encaminhados a aterros industriais”, disse. A coordenadora apoia a criação de leis sobre o tema. “Assim, as empresas serão obrigadas a se adequarem, porém, o poder público precisa dar incentivos que garantam a sobrevivência das empresas e a sustentabilidade ambiental”, afirma.