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EMPRESÁRIO INICIA O ANO MAIS OTIMISTA DO QUE EM 2006

07/02/2007

A percepção de queda na taxa de juros é compartilhada por todos os segmentos ouvidos na pesquisa realizada pela Serasa.

Os empresários brasileiros, neste ano, estão mais otimistas quanto às perspectivas da economia do que em 2006. Eles acreditam em crescimento do faturamento e do lucro e pretendem investir mais. Esse otimismo é revelado pela pesquisa "Perspectiva Empresarial" divulgada ontem pela Serasa e que ouviu 1.021 executivos (presidentes, diretores e economistas-chefes) de todo o Brasil.

A pesquisa sugere que a percepção otimista dos empresários está relacionado a maiores estímulos macroeconômicos, como a continuidade do processo de redução das taxas de juros, perspectivas de elevação da massa salarial e ampliação da oferta de crédito. Outros pontos considerados favoráveis são o aumento na atividade do setor de construção e estímulos proporcionados pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).

A pesquisa ainda mostra que, apesar do câmbio valorizado, os preços das commodities exportadas pelo País (minerais e agrícolas) devem continuar em alta no mercado internacional, estimulando os investimentos dos setores exportadores destes produtos.

A percepção de queda na taxa de juros é compartilhada por todos os segmentos ouvidos pela Serasa. A perspectiva se destaca entre as instituições financeiras ouvidas, assim como entre as grandes empresas. A maioria dos entrevistados, 54%, aposta na queda no primeiro trimestre e 52% na mesma tendência para o semestre. Em 2006 o percentual era 55% e 51%, respectivamente.

Para a maior parte das empresas (64%), o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer em 2007. Os mais otimistas estão no segmento de grande porte (67%), e por setor o destaque fica para as instituições financeiras (73%). A pesquisa ainda aponta que a expectativa em relação à taxa de câmbio para 66% dos entrevistados é de estabilidade até o final do primeiro semestre.

A Serasa questionou os empresários sobre as expectativas para emprego e renda. Neste bloco da sondagem, observa-se que as opiniões ficam igualmente divididas entre expectativa de crescimento, estabilidade e queda da taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano. Para o primeiro semestre deste ano, 37% crêem na estabilidade do desemprego, 35% na queda e 28% em crescimento. Em 2006 eram 34%, 31% e 35%, nesta mesma ordem.

As instituições financeiras e as empresas de grande porte apostam na estabilidade da taxa de desemprego, 45% e 41% respectivamente, para o primeiro trimestre de 2007.

O otimismo aumenta para o primeiro semestre em todos os portes. Os menos otimistas são os empresários da região Norte, onde 40% apostam em alta do desemprego para o semestre.

A expectativa de crescimento no faturamento das empresas apresenta alta em 2007. No ano passado, 47% dos entrevistados esperavam alta no primeiro trimestre do ano, enquanto em 2007 são 53%. Para o semestre, o crescimento é maior, 64%, contra 55% dos entrevistados em 2006. O crescimento médio esperado para o faturamento nos três primeiros meses do ano é 14,3% sobre o ano anterior.

Investimentos

Os investimentos tendem a crescer este ano, pois 57% das empresas entrevistadas afirmaram que estão investindo. Para o primeiro trimestre, 63% esperam investir.

O destaque fica com as instituições financeiras, 71%, que devem aumentar os investimentos, na média de 17,5%, sobre o primeiro trimestre de 2006.Na análise por porte, 65% das pequenas empresas são as que mostram mais disposição para o investimento neste trimestre.

A sondagem também aponta que os empresário estão mais otimistas com relação ao lucro.

Este ano, 43% acreditam em estabilidade e 40% em aumento do lucro no primeiro trimestre.

No ano passado, 34% esperavam aumento. Para o semestre, o otimismo aumenta ¿ 49% apostam em alta, contra 42% em 2006. Serviços é o segmento mais otimista (54%) com relação ao primeiro semestre.

Fonte: Gazeta Mercantil

07/02/2007

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