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Economia do país reflete em queda de 2,5% na Páscoa

25/03/2015

Há uma semana da Páscoa, data é vista com pessimismo por empresários do segmento. O volume de vendas parceladas no período entre 29 de março e 4 de abril, deve cair 2,5% em relação ao ano passado. É o que revela a pesquisa divulgada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Se as expectativas se confirmarem, as vendas vão apresentar a primeira queda em seis anos.

Para a CNDL, o desempenho negativo reflete o baixo crescimento da atividade econômica brasileira e a continuidade da tendência de queda nas vendas observada ao longo de 2014 em outras datas comemorativas de impacto significativo no varejo, como Dia das Mães, Dia das Crianças e Natal.  Os economistas do SPC Brasil atribuem o resultado à piora nos dados de emprego, ao menor crescimento da massa salarial, à alta dos juros e, principalmente, à alta inflação.

O gasto médio dos catarinenses nesta Páscoa, de acordo com pesquisa da FCDL-SC (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina) e Fecomércio-SC (Federação do Comércio de Santa Catarina), será de R$ 158 por pessoa. A preocupação com o preço dos produtos em períodos de retração econômica é o principal indicador na hora da compra para 38% dos entrevistados, seguida pelas promoções (27%) e pelo atendimento (17%). O chocolate continua como o presente mais procurado nesta época do ano (90,6%), seguido pelo setor de vestuário/calçados (4,9%) e pelos brinquedos (2,0%). Quanto ao local de compra, o supermercado aparece como a primeira opção (61,1%), seguido pelo comércio de rua (15,8%) e pelas grandes lojas (12,5). Segundo o estudo, o consumidor deste ano é formado majoritariamente por mulheres (62,9%) jovens, com idade entre 18 e 25 anos (31,9%).

Acesse a pesquisa divulgada pelo Procon-SC, com preços de 47 produtos para a Páscoa nos estabelecimentos em Florianópolis.

O almoço de domingo de Páscoa também vai pesar no bolso dos consumidores. Segundo estudo divulgado pelo Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), o almoço este ano será 25,03% mais caro do que em 2014. Os principais aumentos foram constatados na batata inglesa (63,49%) e na cebola (30,44%). O vinho teve alta de 15,84% e os bombons e chocolates 9,32%. Já o bacalhau teve queda de 3,36%.

Para o diretor de Relacionamento Sindical da CDL-SJ, Roberto Carmes, o aumento nas despesas da população automaticamente reflete nas vendas. “Acredito que a expectativa da CNDL vá se concretizar. Nossa economia está em crise. Com o governo aumentando os custos e diminuindo os juros, as pessoas vão segurar as compras”, relata.

25/03/2015

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