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Dívidas dos catarinenses aumentam 4,7% em janeiro

04/02/2015

Os catarinenses começaram 2015 mais endividados. De acordo com pesquisa da Fecomércio-SC, o índice de dívidas em Santa Catarina passou de 54,5% em dezembro para 59,2% em janeiro, resultando em um aumento de 4,7%. Entre as cidades, Florianópolis é a que tem o maior percentual de famílias endividadas, com 87,8%; seguida por Chapecó, com 51,4%, e Joinville, com 51,2%.

O levantamento aponta que o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso subiu para 11,9%. No mês passado, o índice era de 10,8%. As famílias com renda superior a 10 salários mínimos são as que mais possuem contas a pagar (65%). O cartão de crédito continua sendo a principal dívida dos catarinenses, com 47,3%. Em segundo, terceiro e quarto lugares aparecem, respectivamente, os financiamentos de carro (30,3%), os carnês (23,2%) e o crédito pessoal (20,5%).

Já em relação ao tempo de comprometimento com as dívidas, a maioria dos consumidores tem contas a pagar por mais de um ano (51,9%). Aqueles que têm dívidas até três meses representam 23,9%. O tempo com contas em atraso se concentra acima dos 90 dias, com 71,6%. O período entre 30 e 90 dias é de 13,5%. E até 30 dias apresenta 11,1%. Em geral, a média de tempo para quitação das dívidas em atraso ficou em 77 dias.

O professor e consultor empresarial, Ozinil Martins de Souza, explica que o endividamento em si não é ruim, pois permite o crescimento, desenvolvimento e incorporação de bens de pessoas, empresas e países. Mas pondera que as pessoas precisam analisar o tipo de dívidas que fazem. “Quando compro uma casa adquiro um compromisso para um largo período de tempo. Porém, estou capitalizando o dinheiro investido em um bem durável. O mesmo vale quando assumo um compromisso de alguns anos para financiar meus estudos. São dívidas que trazem retorno no longo prazo”, relata.

Souza conta que existem dois problemas, a princípio, ao contrair dívidas. “Primeiro quando se extrapola a capacidade de pagamento, devendo mais do que deveria. Segundo, quando a dívida compromete o dia a dia. Exemplo: pessoas que compram automóvel sem fazer uma análise do real custo. Um carro não é só a prestação mensal; é IPVA, seguro, manutenção e custeio. Isto representa quase tanto como a prestação. Ou a compra de bens que se deterioram rapidamente como roupas e calçados. Muitas vezes o produto acaba e as prestações continuam”, diz.

04/02/2015

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