A pesquisa Peic (Perfil de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) de julho, feita pela Fecomércio-SC (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina), aponta que 60% dos catarinenses estão endividados.
No entanto, isso pode significar um fator positivo para a economia do Estado, pois representa um consumo ainda crescente, apesar dos juros cada vez mais altos. Além disso, a taxa de inadimplência de Santa Catarina (4%) é menor do que a média nacional (6%).
Dentre as famílias com contas em atraso, 47% afirmaram que quitariam, em parte, seus débitos ainda em julho; enquanto 20,8% conseguiriam pagar totalmente suas dívidas e 26,4% não teriam condições nenhuma de arcar com as despesas.
O professor de economia, Netanias Dormundo Dias, afirma que o fato das famílias pagarem suas dívidas mantém a economia aquecida. “É um sinal positivo, pois mostra que os catarinenses têm capacidade de renda para honrar seus compromissos. E incentiva o empresário a vender e produzir mais para atender o consumo”, explica.
Em relação aos tipos de dívida dos catarinenses, o cartão de crédito é a principal forma de endividamento. Ele é responsável pela expressiva maioria das dívidas familiares (50%). Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os financiamentos de carro (30,2%), os carnês (22,4%) e os financiamentos de casa (12,3%).
O economista relata que devemos seguir algumas dicas básicas para não se endividar tanto. “A primeira é não gastar mais do que ganha. É preciso também avaliar o custo do produto ou serviço, fazendo pesquisas. Além disso, temos que estar atentos a nossa capacidade de endividamento. Podemos, no máximo, comprometer 30% da nossa renda com prestações e financiamentos”, diz.