Membros da Diretoria Executiva da AEMFLO e CDL-SJ se reuniram na última quinta-feira (29/01) com integrantes do Consórcio Fênix, que administra o transporte público de Florianópolis e região, na sede das entidades, em Barreiros.
O presidente das entidades, Marcos Souza; o vice-presidente de Administração da AEMFLO, Gilberto Rech; o vice-presidente de Administração da CDL-SJ, Geraldo Otto e o diretor da Unidade Avançada Kobrasol da AEMFLO, Ewerton Luís Alves, questionaram os integrantes do Consórcio sobre os problemas que o setor vem enfrentando nos últimos anos, alternativas para amenizar os congestionamentos e as mudanças que pretendem implantar nos ônibus.
O diretor da empresa Transol, Róger Silva, destacou a importância de manter a sociedade informada e apresentou o site do Consórcio Fênix, garantindo que todas as informações sobre o transporte coletivo da região podem ser encontradas lá. Silva também contou uma novidade que será implantada nos ônibus entre o final de 2015 e início de 2016. Segundo ele, todos os veículos terão GPS para que os passageiros saibam a localização do ônibus e um computador de bordo próximo ao motorista para que ele receba as informações sobre o trânsito na tela.
Silva abordou ainda as alternativas para minimizar o trânsito intenso da região. Para ele, a solução seria corredores de ônibus, mas alega que a geografia da cidade não permite, embora faixas exclusivas estão sendo construídas na região central de Florianópolis.
O diretor das empresas Estrela e Insular, Gildo Formento, também comentou a importância de esclarecer as informações do transporte público para a população e propôs encontros estratégicos para aproximar a classe empresarial do setor. Formento falou ainda sobre o aumento da tarifa. Explicou que a atualização corresponde às variações do combustível, custo da mão de obra e do índice geral de preços. Porém, o que tornou o reajuste maior foi a decisão do Tribunal do Trabalho da 12ª Região, que obrigou a reposição dos cobradores que voluntariamente optassem por sair do sistema ou fossem promovidos ao cargo de motorista.
O presidente do Setuf (Sindicato de Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis), Waldir Gomes, destacou que Florianópolis possui de 150 a 170 ônibus a mais nas ruas do que o necessário, gerando 60 novos empregos e impactando no valor da tarifa.
As greves de motoristas e cobradores ocorridas nos últimos anos também estiveram em pauta. Segundo Formento, será difícil evitar paralisações em 2015. Ele relata que todos os anos o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano) faz uma lista com reivindicações incoerentes e que a relação entre ambos não é nada boa.
O presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza, ressalta que o encontro foi muito positivo. “Tivemos a oportunidade de conhecer melhor o setor e obter informações importantes para as ações que pretendemos empreender nos próximos meses. Estamos longe de uma solução definitiva, mas vamos trabalhar diariamente para encontrar soluções que atendam as expectativas da classe empresarial e de toda sociedade. O primeiro passo é atuarmos em conjunto com as demais entidades e evolvidos no processo, para evitarmos essa greve recorrente dos trabalhadores do transporte público da região. Não podemos mais conviver com esse absurdo, que todo ano traz enorme é incalculáveis prejuízos aos cidadãos da região metropolitana. Se quisermos mudanças, sejamos os agentes dessas transformações, pois os desafios são enormes. Mas não podemos desistir jamais”, diz.
Diretoria Executiva da AEMFLO e CDL-SJ recebeu integrantes do Consórcio Fênix para discutir o transporte público de Florianópolis e região
