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Dia Internacional da Mulher: o cenário das empreendedoras do Brasil

04/03/2022

No dia 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A data é cada vez mais lembrada como um dia para a reivindicação de igualdade de gênero e manifestações ao redor do mundo — aproximando-a de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20.

O dia 8 de março celebra e incentiva também o protagonismo de mulheres à frente dos negócios e da gestão corporativa.

No Brasil, são mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras, em um universo de 52 milhões de empreendedores, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, feita em parceria com o Sebrae.

A busca por equidade de gênero e equiparação salarial faz parte de uma longa jornada na trajetória profissional de mulheres em todo o mundo. Diante disso, neste dia 8 de março, a AEMFLO e CDL-SJ celebram a importância das mulheres, que além de empreender, também exercem papeis essenciais como de ser mãe, filha, irmã, esposa, conselheira e tantos outros.

Elas são (quase) maioria no mundo do Empreendedorismo
Segundo dados Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo. Dos 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões (48%) são mulheres. Já entre os microempreendedores individuais (MEI), as mulheres representam 48% do total. A preferência delas é pelos segmentos de beleza, moda e alimentação.

Busca por Flexibilidade
O sonho das mulheres por trás de empreendimentos no Brasil pode ser traduzido em algumas palavras. Duas delas são independência e flexibilidade. Diferentes dos homens, que buscam em grande parte empreender para obter renda extra, as mulheres abrem empresas em busca de liberdade financeira e tempo. A possibilidade de conciliar o empreendimento com a família e dificuldades de se estabelecerem no mercado de trabalho de forma mais frequente são duas das principais motivações para isso.

Pandemia trouxe nova leva
A pandemia despertou uma nova leva de empreendedoras no país. Dados da RME mostram que o número de empresárias aumentou 40% no último ano. De todas as donas de pequenos e médios negócios do país, cerca de 26% abriram suas empresas já durante a pandemia.

Mulheres inovam mais
Apesar de ter afetado todos os negócios brasileiros, a pandemia do coronavírus despertou reações mais rápidas em empreendimentos liderados por mulheres. Uma pesquisa do Sebrae com a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que as empreendedoras foram mais ágeis na hora de implementar inovações em seus negócios e digitalizar as operações. Cerca de 71% delas usam redes sociais, aplicativos e a internet para vender seus produtos e serviços, frente a 63% dos homens. E 11% das empreendedoras disseram ter inovado em seus negócios durante a crise, enquanto somente 7% dos homens declararam ter olhado para esse quesito.

Mulheres empregam mais mulheres
Cerca de 73% dos empreendimentos liderados por mulheres no Brasil são majoritariamente femininos, contra apenas 21% dos empreendimentos liderados por homens. Já em relação à sociedade, das mulheres donas de negócio próprio com sócios, 44% têm apenas mulheres como sócias.

Por que falar de Empreendedorismo Feminino?
Além de representarem parte relevante do contingente empreendedor do país, as mulheres ainda buscam espaço no mercado para debater impacto e equidade. A pandemia e o desemprego, porém, criaram barreiras para que esse diálogo seja facilitado. As mulheres brasileiras foram, entre todas as empreendedoras do mundo, as mais prejudicadas com os impactos econômicos causados pela pandemia de covid-19. Diante desse cenário, falar sobre empreendedorismo feminino é, antes de mais nada, uma questão de desenvolvimento econômico em um país imerso em incertezas políticas e sociais.

O lado B do Empreendedorismo
Para as mulheres empreendedoras, a busca por independência pesa na hora de abrir o próprio negócio. A decisão, porém, vem acompanhada de diversos percalços. Segundo a RME, as empreendedoras citam a dificuldade no acesso a crédito como a principal entrave para empreender no país. Depois disso está a venda de produtos e serviços.

Conciliar vida pessoal e trabalho também é um desafio e tanto. Mais de 50% das empreendedoras com filhos alegaram que o fechamento das escolas impactou a rotina de trabalho, e a queixa sobre manter rotinas simultâneas com as mães e empresárias ainda é frequente: 79% das empreendedoras acreditam que os cuidados com a casa e a família atrapalham mais as mulheres do que os homens que buscam empreender.

 

Pesquisa: Exame

04/03/2022

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