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Desejo por saúde supera casa própria

03/04/2012

A atual estrutura da saúde pública brasileira não supre a necessidade populacional e a insatisfação de quem depende dela só aumenta. Em Santa Catarina, o problema não é diferente. O Hospital Regional, localizado no município de São José, encontra-se superlotado e com extensas filas de quem espera por cirurgias. A falta de leitos e de profissionais são os principais motivos para a demora no atendimento que fazem crescer as filas. Para evitar esse transtorno, a população acaba sendo obrigada a aderir aos planos de saúde para garantir saúde rápida e de qualidade.

Em 2011, houve um recorde na adesão de planos de saúde no primeiro trimestre. Dados do setor de saúde suplementar indicam a existência, em março, de 46,6 milhões de beneficiários em planos de assistência médica e 15,3 milhões em planos exclusivamente odontológicos. Um estudo feito pela M Square Investimentos indica que 93% das pessoas com renda superior a cinco salários mínimos têm plano de saúde. O mesmo estudo aponta que na lista de desejos da população brasileira, consumir mais em serviços da saúde vem antes mesmo da casa própria.

Outro fator que impulsiona a procura e, consequentemente, o aumento no número de adesões aos planos de saúde são os planos corporativos. A AEMFLO e CDL-SJ oferecem às empresas associadas convênios e facilidades para aquisição de planos de saúde, repassados aos funcionários. O benefício é um atrativo na contratação de mão de obra e uma alternativa para população frente a uma saúde pública sucateada

O proprietário da empresa Oficina Mecânica Nilton, associada à AEMFLO e a CDL-SJ, Nilton Egidio da Silva, não vê alternativa à população a não ser pagar pelos serviços de saúde. “A saúde pública é péssima em nossa região. Não atende a demanda e depender do SUS (Sistema Único de Sáude) é quase impossível”.

O empresário conta que o próprio neto precisa fazer uma cirurgia e que pelo sistema público teria que esperar mais de um ano. “Vou ter que pagar a cirurgia do meu neto para garantir a saúde dele”, desabafa. Ele ainda declara que investiu nos planos de saúde oferecidos pela AEMFLO e CDL-SJ para oferecer melhor saúde aos colaboradores.

As entidades defendem um maior repasse da elevada carga tributária, cobrada da população, para a melhora do sistema público de saúde. Segundo relatório da Opas (Organização Pan Americana de Saúde), o Brasil injeta 3,6% do PIB no setor, enquanto europeus e canadenses usam pelo menos 6%.

Com informações de: Portal R7, Exame.com e SaúdeWEB

 

03/04/2012

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