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CSA e Rota Automotiva debatem o licenciamento ambiental de oficinas mecânicas

23/09/2015

Os núcleos CSA (Câmara Socioambiental) e Rota Automotiva, da AEMFLO e CDL-SJ, reuniram-se na última quinta-feira (17), na sede das entidades, em Barreiros, para debater o licenciamento ambiental de oficinas mecânicas. O encontro contou com a presença da supervisora de química, Thayse Tessaro da Silva e do engenheiro químico, Raphael Hübener Linhares, ambos da FMADS-SJ (Fundação Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de São José), que apresentaram a realidade e as dificuldades do tema.

Os profissionais da FMADS-SJ mostraram as legislações que resguardam o meio ambiente. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, importadores, distribuidores e comerciantes de materiais como pneus, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, são obrigados a implementar sistemas de logística reversa, independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. A legislação estabelece que o óleo lubrificante, usado ou contaminado, deve ser recolhido, coletado e ter destinação final, que não afete negativamente o meio ambiente e proporcione a sua máxima recuperação.


CSA e Rota Automotiva debateram o licenciamento ambiental para oficinas em palestra

Thayse e Linhares explicaram a resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997, que trata do licenciamento ambiental, na qual licencia a localização, instalação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas poluidoras ou que podem causar degradação ambiental, como as oficinas mecânicas e os documentos necessários para obtê-la. Segundo os profissionais, em uma oficina a maioria dos resíduos gerados são classificados como perigosos ou resíduos classe I, que são resíduos sólidos ou misturas de resíduos com características inflamáveis, corrosivas e tóxicas, como gasolina, graxa e óleos lubrificantes.

Foram debatidas maneiras para que as oficinas prezem pelo meio ambiente, como a separação e identificação dos materiais recicláveis e de logística reversa; bacias de contenção, que evitam eventuais vazamentos de materiais; calhas coletoras, para conduzir o líquido, do chão, para o destino correto; caixa separadora de água e óleo, que separa a água do óleo vindo da lavagem dos carros, abastecimento de veículos, descarga de combustível e troca de lubrificantes, dando destinação correta para cada um; cabine de pintura; exaustor com filtro e entre outros.

Também no evento, o conselheiro da AEMFLO e CDL-SJ e proprietário da empresa Badu Peças, Valdoir Duarte, apresentou o seu case em Sistema de Tratamento de Efluentes, com a caixa separadora de água e óleo.

O coordenador da Rota Automotiva, Gilson Librantz, relata que o encontro ampliou os horizontes dos profissionais do setor. “Levantou a necessidade que as oficinas comecem a trabalhar a qualidade de vida dos funcionários e do meio ambiente. O projeto que o Badu apresentou vai ao encontro do que todos têm que implantar nas nossas oficinas”, diz.

Para a coordenadora do CSA, Cristine Cabral, o evento foi rico em debate. “As oficinas trouxeram suas dúvidas e a prefeitura levou orientação sobre as exigências para conseguir o licenciamento ambiental. Os profissionais do segmento automotivo tiveram referência do que é certo e errado. O case do Badu deixou claro que não é preciso grandes esforços para aliar o trabalho das oficinas e os cuidados com o meio ambiente, mas é necessário mais preparo e conhecimento. A CSA está à disposição da Rota para ajudar no que for preciso”, destaca.

23/09/2015

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