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Crise já abre espaço para corte na meta de inflação

26/05/2009

A crise financeira internacional abre caminho para o Brasil perseguir uma inflação menor sem exigir sacrifícios adicionais da política monetária. Esse é um dos pontos de vista nas discussões dentro do governo para a definição da meta de inflação de 2011.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decide na sua reunião do próximo mês a meta de 2011. O que está em jogo é o objetivo central da política monetária no primeiro ano de mandato do próximo presidente da República, que será eleito no ano que vem.

A experiência de Israel, que aproveitou uma grave recessão no início da década para reduzir permanentemente seu patamar de inflação, é uma referência no debate dentro do governo. Um dos pontos de vista é que, com a crise financeira, o Brasil deve abrir mão de buscar objetivos mais ambiciosos, pois já sofre as consequências da retração econômica. Outro ponto de vista é que, justamente por causa da recessão, a meta pode ser menor, sem sacrifícios.

A Turquia, que persegue uma inflação de 7,5%, é um dos raros países com meta maior que a do Brasil. Mas a inflação mais alta é vista como temporária. Até 2006, sua meta era de 4%. Como a inflação saiu do controle, a Turquia estabeleceu uma trajetória para o índice voltar a nível mais civilizado. Colômbia, México, Peru e Chile, países com políticas macroeconômicas consistentes, têm metas de inflação menores que a do Brasil.

Fonte: Valor Online

26/05/2009

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