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Crédito: parcelamentos a perder de vista estão de volta

24/03/2009

Com o agravamento da crise financeira internacional, a partir de outubro do ano passado, eram muito comuns notícias sobre o encurtamento dos prazos e aumento das taxas de juros dos financiamentos. Passados alguns meses, contudo, as compras parceladas a perder de vista estão de volta.

A informação é do presidente da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), Adalberto Savioli, para quem a volta do crédito com prazos de pagamentos mais longos demonstra uma necessidade do mercado de se adaptar à renda do consumidor.

"Antes havia prazos muito longos, que encurtaram drasticamente no auge da crise. Entretanto, a renda do consumidor não aumentou neste período, portanto, ainda que não seja nos patamares anteriores, foi preciso enquadrar o valor da parcela à real renda da população", diz.

Juros

Se os prazos estão aumentando, com os juros, por enquanto, não deve ocorrer a mesma coisa. Ainda na visão do presidente da Acrefi, o consumidor só encontrará taxas menores a partir do ano que vem, quando o índice de inadimplência deve se equiparar ao verificado em 2007 e início de 2008.

"Na medida que as diversas ações tomadas no final do ano passado e início deste para revitalizar o crédito começarem a fazer efeito e diminuir os índices de inadimplência, os juros começarão a cair, o que deve ocorrer a partir do ano que vem."

Segundo dados da Serasa, a taxa de inadimplência do brasileiro registrou aumento de 8,6% nos dois primeiros meses de 2009, na comparação com janeiro e fevereiro do ano passado, sendo que, de acordo com os técnicos da instituição, a dificuldade da população em honrar seus compromissos, especialmente os de longo prazo, foi a principal razão dos atrasos nos pagamentos dos débitos.

Já as taxas de juros no crediário, por exemplo, variaram de 2,99% a 9,06% ao mês em fevereiro deste ano, dependendo do setor, conforme levantamento realizado pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças).

Fonte: Infomoney

24/03/2009

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