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CPMF já rendeu R$ 1 bi em SC

29/05/2007

Prorrogação da contribuição gera insatisfação e protesto no Estado
A insatisfação sobre a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, planejada pelo governo federal, ganhou novo impulso nas últimas semanas com mais manifestações dos empresários do comércio e indústria de SC.

A Receita Federal aponta que, no Estado, foram arrecadados mais de R$ 1 bilhão desde que o imposto foi criado, em 1996. De acordo com o advogado tributarista Rodrigo Duarte da Silva, o pior aspecto é o efeito cumulativo: incide mais de uma vez sobre o mesmo produto.

O advogado observa que o imposto pode abranger até um terço do produto, elevando o custo final.

- Em uma geladeira você está pagando CPMF para cada peça e não existe possibilidade de abatimento, como é o caso do IPI ou do ICMS.

Um levantamento da Fiesp mostra que o valor do tributo no produto final chega a 1,8% do preço, mais que uma aplicação financeira. Conforme o presidente da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo/CDL), Odílio Guarezi, com o valor pago na CPMF daria para cobrir o 13º dos funcionários e sobraria dinheiro.

- O pior é que sequer ficamos sabendo o seu destino.

Já o empresário Genésio Hoffmann, da empresa Seprol, observa que a contribuição provisória penaliza quem produz.

- Se precisamos pegar algum empréstimo no banco, pagamos duas vezes. Na hora de devolver a quantia à instituição financeira e na hora de pagar o credor - afirma Hoffmann.

Fonte: Diário Catarinense 28-05

29/05/2007

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