O Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) do Sebrae vai facilitar a destinação de R$ 40 milhões de recursos que a Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc) tem disponível para empréstimos de giro e investimento para segmentos produtivos de bens e serviços.
O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, o diretor técnico do Sebrae/SC, Anacleto Ortigara e o presidente do Badesc, Dalirio Beber, assinaram convênio de cooperação técnica entre as duas instituições que permitirá a utilização do Fampe na contratação de operações financeiras com pequenos negócios, assim considerados aqueles que faturam até R$ 2,4 milhões/ano. O Fampe é formado com recursos orçamentários do Sebrae.
Para as empresas do Vale do Itajaí atingidas pelas enchentes do final do ano passado e também as situadas em regiões atingidas pela seca, haverá excepcionalidades: a Taxa de Concessão de Aval é praticamente residual, de apenas 0,01% sobre o valor garantido, que chega até a 80% do total dos empréstimos. Para essas empresas o Fampe também poderá garantir refinanciamentos de dívidas. O governador em exercício de Santa Catarina, Leonel Pavan, também participou da cerimônia, realizada nesta sexta-feira (13) na sede da Fundação Cultural do Badesc, em Florianópolis.
Dalírio Beber afirmou que o convênio com o Sebrae vai fortalecer as ações do Badesc de fomento ao desenvolvimento estadual, apoiadas nas micro e pequenas empresas. "Com o Fampe não deixaremos de ter rigor na análise de risco na contratação dos empréstimos, mas certamente os horizontes da concessão do crédito para o segmento será alargado". Para o diretor de Operações da instituição, Sayde José Miguel, o convênio que viabilizará a utilização do Fampe assegura melhores condições de acesso ao crédito pelos pequenos negócios e é um passo importante na profissionalização operacional do Badesc.
Segundo o diretor-técnico Anacleto Ortigara, o convênio mostra a confiança do Sebrae Nacional no trabalho do Sebrae/SC, assim como comprometimento com o desenvolvimento de Santa Catarina. "Estamos em todos os municípios. Mas não somos um banco, não somos provedores de recursos. Nossa missão é a de facilitar o acesso ao crédito que tenha resultados produtivos e não endividamento". Ele enfatizou que os recursos do Badesc, viabilizados pelo Fampe, beneficiarão todos os espaços territoriais, não apenas os atingidos pelas intempéries climáticas. "Trabalhamos afinados com o Sebrae Nacional e com o governo estadual e nosso objetivo é o implemento de ações que façam a diferença em termos de desenvolvimento socioeconômico", afirmou.
O diretor Carlos Alberto dos Santos, por sua vez, divulgou dados que comprovam que a utilização do Fampe já ganhou grande fôlego em Santa Catarina, em 2008, principalmente via Banco do Brasil. Até outrubro foram viabililizadas 4.254 operações de empréstimos que totalizaram R$ 150 milhões, dos quais R$ 110 milhões foram garantidos pelo Fampe. A taxa de inadimplência de 0,85% é considerada bastante baixa. A partir do convênio com o Badesc, o volume de operações deverá ter aumento significativo. As condições especiais para a utilização do Fampe nas operações com as empresas do Vale do Itajaí vigoram até 30 de junho deste ano.
"É preciso ficar claro que o Fampe não existe para estimular a inadiplência e sim para evitá-la. Estamos garantindo operações com base em projetos viáveis, tocados por empresários que comprovem capacidade de pagamento e que só não acessam o crédito por falta de garantias reais. Não é UTI para empresa falida", ressaltou o diretor. Para ele, o convênio com o Badesc é uma oportunidade de ouro para a promoção do desenvolvimento no seu estrito senso que é o de melhorar ainda mais as condições de vida da população de um estado que já apresenta indicadores socioeconômicos muito bons em relação aos da maioria da federação.
O governador em exercicio, Leonel Pavan, lamentou o fato da solenidade do convênio ter sido feita em um pequeno auditório. "Esse convênio precisa ser bastante divulgado entre os empresários de pequeno porte porque são eles que dão sustentação à economia catarinense, inclusive no que se refere às exportações." E concluiu, "a utilização do Fampe pelo Badesc, um banco comprometido com ações de fomento, é um marco importante para Santa Catarina.
Por Agência Sebrae