O Comitê Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (COMDES) promoveu nos dias 6 e 7 de maio o Seminário de Transporte, Logística e Mobilidade Urbana, na Associação Catarinense de Engenheiros (ACE), na Capital.
O evento reuniu profissionais de todo o Brasil, com discussões na busca de soluções para os problemas sociais onde envolve a logística urbana e os desafios diante do cenário de crescimento na Grande Florianópolis.
A abertura foi feita pelo coordenador geral do COMDES, eng. Roberto de Oliveira; e o presidente da ACE, eng. Carlos Nakazima. A mesa de autoridades foi composta pelos representantes das entidades organizadoras e apoiadoras do evento, e pelo convidado especial, senador Esperidião Amin.
No primeiro dia, na parte da manhã, as palestras apresentaram o Plano Diretor e os impactos da falta de mobilidade na Capital, além de alternativas de melhoria dos transportes que circulam em Florianópolis. Esses assuntos foram abordados pelos professores, Ângelo Marcos Vieira e José Carlos Ferreira.
Na ocasião, as entidades integrantes do COMDES assinaram uma Carta para firmar o compromisso de cobrar dos órgãos públicos o andamento das obras paradas e o cumprimento das políticas públicas de mobilidade.
Na parte da tarde, o debate aprofundou questões ligadas à estrutura urbana de serviços, a Gestão Municipal Integrada e os custos gerados em função da densidade demográfica e influência nos transportes e logística.
No último dia do evento, o prof. eng. Eduardo Logo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) falou sobre os eixos de integração ferroviária do Estado. Ele defende que o transporte de cargas também deve ser considerado quando se trata de mobilidade na cidade. “A melhor distribuição no fluxo de cargas facilita a rotina na cidade, por isso é fundamental investir na manutenção das ferrovias”.
O eng. Dejalma Frasson, da Associação Brasileira de Cimento Portland, explanou sobre as vantagens do pavimento de concreto nas rodovias e corredores de ônibus BRT. “O concreto possibilita a melhor visibilidade por reflexão e economia de energia elétrica até 60%, em virtude da cor mais clara dos pavimentos”, comentou.
A eng. Lúcia Maria Mendonça fez uso da palavra para mostrar aspectos importantes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, a Lei 12.587/2012. Conforme a palestrante, “um Plano de mobilidade deve conter serviços de transporte público coletivo, sistemas de circulação, infraestrutura de transporte, acessibilidade, integração entre os vários modos de transporte, áreas de estacionamento e de restrição e circulação de automóveis, além das fontes de financiamento”.
Para fechar o evento, uma mesa redonda discutiu a gestão metropolitana, no âmbito de pesquisa e tecnologia.