Após a implantação ser adiada cinco vezes, o ponto eletrônico foi suspenso pela comissão do senado, no último dia 15 de fevereiro. De acordo com o relator, o senador Armando Monteiro (PTB-PE), a votação para suspender a portaria foi unânime. Ele ressalta que a portaria foi editada sem ser precedida por uma consulta aos trabalhadores e aos empresários e parte do pressuposto de que o ponto é uma fraude generalizada.

Ele também ressalta que as exigências do ministério resultarão em um gasto de R$ 6 bilhões para o setor produtivo e também argumenta que o sistema não garante que sejam evitadas fraudes na marcação do ponto. Para o vice-presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Antonio Cardozo de Souza, isso comprova a inoperância do Estado diante a fatos importantes e fundamentais.

"Temos que lembrar ao nobre senador de que as exigência não mais resultarão em um gasto de R$ 6 bilhões para o setor produtivo, porque boa parte desse gasto já foi executado, ou seja, boa parte do setor produtivo já foi onerado, pois já se adequou a portaria em questão. É uma vergonha e uma lástima que desmandos dessa natureza ainda ocorram no Brasil. Até quando vamos suportar governantes incompetentes e inconsequentes, que exercem o poder sem qualquer respeito e sem um mínimo de profissionalismo. Até
quando?", questiona.

O projeto já passou pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e, de acordo com a assessoria do senado, ainda precisa ser votado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, antes de ir ao plenário. Se aprovado no plenário, o projeto vai à sanção da presidente.

Fonte: Portal do Senado