As vendas no varejo em 2014 não foram expressivas. De acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o comércio do país cresceu apenas 2,2% no ano passado, gerando um acréscimo de 8,5% na receita. Em dezembro, mês do Natal, considerada a data mais rentável pelos lojistas, houve queda de 2,6% nas vendas e de 2,4% na receita.

Na comparação entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014, os setores do comércio varejista que mais sentiram efeitos negativos foram: livros, jornais, revistas e papelaria (-9,6%); tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%) e móveis e eletrodomésticos, com -3,6%. Em contrapartida, os setores que tiveram resultados positivos foram: artigos de uso pessoal e doméstico (7,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,0%); combustíveis e lubrificantes (2,0%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com 7,4%.

Santa Catarina contribuiu de forma positiva para a taxa do varejo em 2014, com 1,7% de participação, à frente do Paraná (1,4%) e atrás de Rio de Janeiro (2,3%) e Minas Gerais (2,7%). Os Estados com as melhores variações foram Roraima (26,3%), Acre (9,5%), Amapá (5,6%) e Rondônia (5,5%).

O diretor da CDL-SJ e proprietário da Bernunça Presentes, Roberto Carmes, lamenta o resultado. “Os números são extremamente negativos e mostram a situação que o país está passando. Senti esse reflexo na minha empresa, com a diminuição das vendas. A economia do país está em crise, com o governo reduzindo as despesas e diminuindo os juros, os consumidores consequentemente param de comprar. Além disso, a Copa do Mundo realizada no Brasil e as eleições presidenciais trouxeram impactos negativos. Fiquei até surpreso com o resultado, esperava que fosse mais negativo. Infelizmente a tendência é piorar este ano. Vamos torcer que eu esteja errado”, relata.