O valor da gasolina direto na bomba para o consumidor deve subir até 3% em fevereiro. Este reajuste é reflexo da redução de 20% para 25% de álcool anidro na gasolina. Os dados foram apontados pela Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes) que mostram a escassez do produto.
Com o crescimento da frota de carros bicombustíveis (gasolina e álcool) no mercado, as refinarias não estão suportando a demanda e, além disso, as chuvas prejudicaram a produção. Nas cidades da Grande Florianópolis, por exemplo, é comum encontrar gasolina com valor de até R$ 2,89 o litro e o álcool a R$ 2,19.
Quem sofre com os aumentos constantes dos últimos cinco meses é a classe empresarial, que investiu em políticas de combustível incentivadas pelo governo federal, como os carros bicombustíveis e o GNV (Gás Natural Veicular) com a intenção de reduzir custos e agora tem que optar por outras saídas. É o caso da Khronos, empreendimento de vigilância que atua na Grande Florianópolis. A empresa investiu em veículos bicombustíveis e nos antigos instalou o GNV, porém, para segurar os gastos que aumentaram recentemente, um controle acirrado é feito na quilometragem. Aos poucos a empresa aumenta também a frota de motos que chega a fazer 25 quilômetros com um litro de gasolina.
De acordo com Roberto Paiva, diretor comercial da Khronos, acreditar na atual política de combustível pode trazer prejuízos ao caixa das empresas. “Hoje só usamos gasolina e nos sentimos frustrados pelos investimentos feitos em carros flex, a economia durou menos que dois anos e nos últimos meses os gastos com combustível aumentaram em mais de 30%. O governo incentiva, nós investimos e depois mais uma vez ficamos com o prejuízo”, reclama.
Fonte: Fecombustíveis