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Combustível e energia elétrica disparam a inflação

25/03/2015

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) ficou em 1,24% em março, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o resultado, a inflação oficial do país passou a acumular nos primeiros três meses do ano, alta de 3,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 7,9%, o maior desde maio de 2005 (8,19%). Em março do ano passado, o IPCA-15 fechou em 0,73%.

Segundo o IBGE, a taxa de 1,24% é explicada pelos aumentos nas contas de energia elétrica e nos preços dos combustíveis e alimentos que, juntos, foram responsáveis por 77,42% do índice do mês. Individualmente, com 0,35%, coube às contas de energia elétrica a liderança no ranking dos principais impactos. A elevação de 10,91% ocorrida nas contas é reflexo dos reajustes que passaram a vigorar no dia 2 de março, na bandeira tarifária vigente, a vermelha, que aumentou 83,33% ao passar de R$ 3 para R$ 5,50.

Com elevação de 6,25%, os combustíveis exerceram impacto de 0,31% sobre o índice do mês, sendo 0,26% de responsabilidade da gasolina, em que o preço subiu 6,68%. Nos alimentos a alta foi 1,22%, pressionado por vários produtos importantes na despesa das famílias, especialmente a cebola (19,07%), cenoura (18,32%), tomate (13,04%), ovos (12,01%), hortaliças (7,62%) e feijão-carioca (4,17%).

O vice-presidente de Administração da CDL-SJ, Geraldo Otto, tem sentido esse aumento na própria empresa e também nos supermercados. “Agora, as empresas precisam reavaliar as estruturas de custos. Se não absorver, terão que repassar. E o mercado não está disposto a aceitar mais custos. Está insustentável. Precisamos fiscalizar. Por que o reajuste da energia elétrica no Sul é maior que no Nordeste? A presidente declarou em rede nacional que os aumentos são temporários. Mas até quando?”, reflete.

25/03/2015

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