Mais de 13 mil pessoas reportam diariamente suas condições de saúde à assistente virtual Cora por meio do software de monitoramento da saúde CoronaDados. A ferramenta desenvolvida pelo SESI/SC para acompanhar a evolução do vírus nos colaboradores que apresentam sintomas contribui para acelerar as medidas de segurança, especialmente no setor produtivo, no qual empresários já observam os efeitos positivos da adoção dessa ferramenta.
A empresa Águas Serra Catarinense, de Brunópolis, tem acompanhado diariamente a saúde dos seus 33 trabalhadores. Barbara Stumpf, que é gestora de qualidade e responsável pela saúde e segurança da Águas Diamante, conta que o uso do Telegram foi facilmente difundido entre os trabalhadores. “O que eu mais gostei nessa ferramenta é o monitoramento diário. Se a gente fosse fazer isso na entrada da empresa, ficaria inviável. Com a Cora, esse monitoramento é possível inclusive aos finais de semana”, destaca. Em dois dias, a empresa concluiu a implantação do CoronaDados e passou a monitorar a saúde dos seus trabalhadores.
Foi por meio desse acompanhamento, segundo Bárbara, que foi possível adotar medidas de isolamento preventivo logo que um dos colaboradores apresentou sintomas. “Seguimos todo o protocolo de saúde para evitar uma possível contaminação”, pontua. Ao final, os testes feitos pelo trabalhador foram negativos para a Covid-19.
Indicadores sempre à mão
Protocolos seguros, comunicação fortalecida e conversas diárias com a Cora, a assistente virtual do CoronaDados, são a chave do sucesso da Global Estratégias Financeiras, de Joinville. A empresa monitora diariamente a saúde de 400 colaboradores, mas o começo não foi simples. “Nós criamos o programa escuta humanizada e, a cada dia que foi passando, essa história ficou mais complexa porque a gente fazia o acompanhamento numa planilha do excel. Até que eu assisti a um webinar do SESI e conheci o CoronaDados”, relata a head de RH da empresa, Mariane Nicoloso. “Fizemos uma campanha de comunicação com as lideranças para que a Cora fosse apresentada a todos os colaboradores e para que eles entrassem no Telegram, o que foi um desafio porque nossos colaboradores não estavam lá. Foi um trabalho intenso de comunicação, mas logo começou a dar resultado e tem sido uma experiência sensacional. Eu contava na ponta do lápis os dados para levar à reunião diária do comitê de crise e, agora, abro o dashboard e mostro os indicadores”, detalha. A ferramenta facilitou a interlocução com os líderes, que são mais de 30 na empresa, e agilizou as medidas de prevenção, permitindo a tomada de decisão com agilidade e precisão.
Líderes garantem engajamento das equipes
Na Lancaster, indústria têxtil de Blumenau, 331 colaboradores respondem à Cora diariamente quais são as condições de saúde. “Fizemos treinamento com os líderes e disponibilizamos uma pessoa para ajudá-los na implantação. Na última semana, com o trabalho diário dos líderes, atingimos 96% de engajamento”, conta Ivana Patricia Lawrynowicz, responsável pela área de Recursos Humanos da empresa. Entre os benefícios do uso da ferramenta, ela destaca a agilidade para se obter informação, o controle do estado de saúde das pessoas, relatórios muito eficientes e fáceis, orientação para tomada de decisão e relatório com informações pertinentes para uma auditoria. “Além disso, disponibilizar os testes com custo menor e com prazo mais curto para o resultado também foi fundamental para que pudéssemos trabalhar com mais segurança”, completa.
CoronaDados
O software, que integra o Protocolo Corona, é abastecido por dados informados pelos próprios trabalhadores, que respondem diariamente se apresentam ou não sintomas por meio de mensagens enviadas via Telegram. Os líderes das equipes podem checar no sistema se os colaboradores já responderam à pesquisa e, assim, ampliar o engajamento com a ferramenta. Com base nestas informações, as equipes de saúde e segurança do trabalho das indústrias podem agir, promovendo o isolamento preventivo, testes e ações de higienização do ambiente. O sistema permite acompanhar o tempo de recuperação dos infectados e contribui para o chamado “achatamento” da curva de contaminação.
"O Protocolo Corona inclui ainda a adoção de equipamentos e sistemas adequados de proteção dos indivíduos, dos ambientes e da coletividade em geral, e a realização de testes devidamente planejados conforme a necessidade e situação", explica o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira.
Com informações da FIESC
