Com a proximidade do fim de ano vêm as festas, confraternizações, presentes, férias e datas importantes como Natal e Réveillon. Mas também pode ser sinônimo, para algumas pessoas, de gastos excessivos, fazendo com que as finanças pessoais saiam do planejamento e ocasionando a entrada em um ano novo no “vermelho”. Para auxiliar a administração dos recursos pessoais, o diretor de negócios da WPI Consultoria Empresarial, Ricardo Warken, traz cinco dicas sobre o tema:
1) Não adquira empréstimos (dívidas) para viajar ou comprar presentes: a oferta de crédito no país vem se expandindo nos últimos anos e a perspectiva é de que esse processo cresça ainda mais no futuro. Todos os números apresentam a grande disposição do brasileiro em utilizar o crédito para antecipar suas compras e para a satisfação dos seus desejos. Entretanto, o crédito mal utilizado pode se tornar o maior vilão do seu orçamento. Quando for utilizar alguma linha de crédito, procure organizar suas finanças e verifique se o valor mensal da parcela não atrapalhará seu orçamento. Pesquise muito antes de escolher a linha de crédito e o banco que contratará a linha (prazo, taxa, tarifas e o custo total do empréstimo) e, sempre que possível, procure economizar e comprar à vista, não utilizando crédito e economizando os juros. Contrate um novo empréstimo somente para gerar riqueza (patrimônio) ou diminuir despesas financeiras.
2) Seja um consumidor defensivo. Mantenha (ou busque) o equilíbrio financeiro: procure conhecer o total das suas despesas mensais para saber para onde está indo seu dinheiro. Tenha suas metas pessoais traçadas (comprar a casa própria, trocar de carro, viajar com a família) e saiba quanto precisa economizar para realizá-las. Manter o equilíbrio significa não perder o controle sobre suas finanças. Não estamos falando para não gastar, mas
gastar de forma consciente, sem prejudicar o orçamento.
3) Caso tenha dívidas caras (cheque especial, cartão de crédito e empréstimos com altos juros) que comprometam seu orçamento, utilize seu 13º salário para quitá-las: sempre que possível, devemos eliminar as dívidas caras e onerosas do nosso orçamento. Muitas vezes sonhamos com o 13º para viajar ou comprar aquela roupa que cairia muito bem. Mas devemos dar prioridade para nossas obrigações financeiras e, principalmente, aquelas que podem nos prejudicar no futuro.
4) Aproveite o período de renovação de votos e encerramento do ano para fazer um balanço de suas contas e planejar o próximo ano: faça um levantamento de como foi o seu comportamento quanto ao dinheiro no ano que está acabando. Reavalie suas metas e projetos pessoais, verifique se está "mais perto ou mais longe" de realizá-los e aproveite para se planejar quanto à forma de gastar (e guardar) seu dinheiro.
5) Adote a "Lei da responsabilidade fiscal". Não gaste mais do que ganhe: assim como o governo não pode gastar mais do que arrecada junto aos contribuintes, nós também não podemos ter nossas despesas superiores às nossas receitas. Essa é uma regra de ouro para finanças pessoais. E a principal mensagem sobre o assunto é: o importante é como você gasta e não quanto você ganha