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Caminhoneiros recuam e empresas contabilizam os prejuízos

04/03/2015

Acabou. A paralisação dos caminhoneiros, após duas semanas de reivindicação, deu trégua, depois que a presidente do país, Dilma Rousseff, sancionou a Lei dos Caminhoneiros. Segundo informou a Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, somente um ponto em São Lourenço do Oeste continua bloqueado, mas até o final da tarde estará liberado. E agora, o que começa a aparecer são os impactos e os prejuízos da classe produtiva. O país inteiro sofreu. Santa Catarina teve hospitais sem medicamentos, supermercados com prateleiras vazias e postos de combustível sem gasolina.

A agroindústria também sofre as consequências, já que animais foram sacrificados nos aviários porque a ração para alimentá-los não chegou a tempo. Além disso, produtores de leite tiveram que jogar a produção fora, pois não pode contar com o caminhão para levá-la até a indústria. E se a indústria ficou sem matéria-prima, não teve como produzir. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) estima que os prejuízos com os bloqueios das rodovias chegam a R$ 700 milhões na região sul do país. E como Santa Catarina é responsável por cerca de um terço da produção, o prejuízo se aproxima dos R$ 230 milhões no setor.

A Lei dos Caminhoneiros determina o pedágio gratuito por eixo suspenso para caminhões que não estiverem carregados; o perdão das multas por excesso de peso dos caminhões recebidas nos últimos dois anos; a responsabilidade pelo excesso de peso e transbordamento de carga passa a ser do contratante; exige exames toxicológicos aos motoristas e outras determinações.

O vice-presidente de Patrimônio da CDL-SJ, Sérgio Murilo da Silva, afirma que as reivindicações são legítimas, mas que não é justo esse impacto e prejuízo causados em toda a população. “As vendas no comércio já não vinham muito bem, pois só começam a aquecer depois do Carnaval. Com os protestos a situação se agravou e quem sofre e contabiliza os prejuízos novamente são as empresas”, diz.

04/03/2015

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