Pela pesquisa, os empreendedores iniciais mostram-se mais positivos e otimistas do que os empreendedores estabelecidos e os não empreendedores
No Brasil, em 2006, apenas 4,6% dos adultos (18 a 64 anos) afirmaram ter encerrado ou desistido de algum negócio nos últimos doze meses, de acordo com estudo que mede as taxas do empreendedorismo mundial do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que ouviu 2 mil pessoas no País. No período acumulado de 2002 a 2006, a taxa é de 6,8%.
Quando a descontinuidade é analisada apenas entre os empreendedores iniciais, o percentual dos que encerraram seus negócios e retomaram a atividade empreendedora chega a 9,3% em 2006 e a 13,3% no período acumulado de 2002 a 2006.
Apesar de os números não se mostrarem muito animadores (o percentual das micro e pequenas empresas que encerram suas atividades nos dois primeiros anos de vida é de 52%), eles sugerem que vários indivíduos que empreendem o fazem em mais de um momento de sua história e o fato de não obter sucesso em um negócio não os impede de tentar novamente.
Os empreendedores iniciais (69,40%) afirmaram que o medo de fracassar não os impediria de começar um novo negócio. No estudo também foram levantados, com os entrevistados, os motivos que levaram à descontinuidade dos negócios. Entre os empreendedores por necessidade que já tiveram outros empreendimentos descontinuados, a razão principal da interrupção (43%) foi a obtenção de um emprego.
Oportunidade e capacidade
Pela pesquisa, os empreendedores iniciais mostram-se mais positivos e otimistas do que os empreendedores estabelecidos e os não empreendedores.
O empreendedor brasileiro, de forma geral, reconhece boas oportunidades para empreender, conhece pessoas que recentemente estiveram envolvidas na criação de negócios e declara ser possuidor de conhecimentos e habilidades para empreender. Em outros termos, a sociedade brasileira tem uma imagem positiva do papel do empreendedor, reconhecendo nele alguém que possui status, competência e respeitabilidade.
O estudo revela ainda que 78,80% dos empreendedores iniciais consideram possuir o conhecimento, a habilidade e a experiência necessários para começar um novo negócio, contra 77,90% dos empreendedores estabelecidos e 50,70% da população não empreendedora.
Os empreendedores iniciais (54,30%) afirmam perceber, nos seis meses seguintes, boas oportunidades.
Fonte: Diário, Comércio & Indústria