O imposto médio nacional sobre a receita anual das empresas atinge 34%, número somente superado em outros 16 países entre os 86 pesquisados.
O Brasil é o 17º colocado num ranking mundial de impostos sobre as empresas privadas elaborado pela consultoria KPMG. O imposto médio nacional sobre a receita anual das empresas atinge 34%, número somente superado em outros 16 países entre os 86 pesquisados. A carga média mundial é de 27,1%, enquanto a de países que vêm crescendo a altas taxas nos últimos anos, como a Irlanda, beira os 12%. Para falar sobre o estudo, a Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da FIESC trouxe nesta segunda-feira o diretor da área de impostos internacionais da KPMG do Brasil, Luiz Dardes. O tributarista tem larga experiência na prestação de serviços para companhias multinacionais e já atuou como diretor da área de impostos brasileiros na KPMG em Chicago. Dardes mostrou como, desde 1993, a carga tributária sobre as empresas nos países pesquisados caiu de uma média de 38% para os 27,1% aferidos em 2006. No Brasil, o movimento é inverso. Numa série histórica maior, verifica-se que exceto por breve período no início da década de 80, a carga tributária total só cresceu. De um total abaixo de 15% em 1947, aumentos gradativos levaram até o nível atual, que beira os 40%. “Há países, como Dinamarca ou Suécia, onde a carga tributária é muito alta, mas isso se justifica porque a população recebe muito retorno pelos impostos pagos”, disse o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa. A Federação, por meio da Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos, presidida pelo primeiro vice-presidente Glauco José Côrte, tem dado contribuições ao aperfeiçoamento da legislação tributária no Brasil e em Santa Catarina. “As entidades empresariais devem mesmo se unir e buscar soluções para o que eu chamo de ‘terrorismo fiscal’ no Brasil”, disse Luiz Dardes. Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC