O ano de 2018 é, agora, a data prevista para o término dos trabalhos em andamento. Segundo Silveira, dos aproximadamente 50 KM de construção, apenas cerca de 16 KM estão em andamento. Ele lamenta todo esse atraso.
“Vemos a obra com preocupação. Desse jeito, arrisco dizer que a Alça de Contorno não fica pronta antes de 2030! Se já está difícil trafegar pela região metropolitana, imagina daqui a cinco anos. Teremos uma imobilidade urbana”, ressalta.
De acordo com a assessoria de imprensa da Autopista Litoral Sul, a construção da nova rodovia segue conforme o cronograma acordado com a ANTT, com serviços de terraplenagem, drenagem e construção de obras de arte, como viadutos, pontes e passagens superiores e inferiores e alega que tem cumprido os trabalhos previstos. Porém, ressalta que algumas situações que não podem ser previstas afetam o andamento das obras e o início de novos trechos.
“No caso das desapropriações, o principal desafio é a falta de documentação, que impossibilita a indenização direta da área, havendo a necessidade de autorização através de ação judicial, o que pode demorar mais tempo. Também é importante ponderar que períodos chuvosos podem ter consequências importantes no cronograma. Uma chuva como a da última sexta-feira (25/03) com precipitação média de 80 milímetros pode gerar um atraso de quatro a cinco dias, já que impossibilita os trabalhos”, afirma a concessionária em nota e reitera que está tomando todas as medidas para garantir agilidade à construção da Alça de Contorno. Destaca ainda que é uma obra complexa e com reflexos em áreas urbanas, exigindo estudos detalhados do poder público e discussões com a comunidade.
A obra
Prevista no projeto, a Alça de Contorno terá cerca de 50 quilômetros de pista dupla, seis trevos, 22 passagens em desnível, três viadutos, 12 pontes e, ainda depende da ANTT, oito túneis. O licenciamento ambiental da rodovia foi dividido nos trechos Norte (Biguaçu), Intermediário (São José) e Sul (Palhoça). Terá início no KM 177 da BR-101, no Vale do Rio Inferninho, em Biguaçu e final no KM 220, próximo à ponte do Rio Aririú, em Palhoça. A obra iniciou em 2014, no trecho em São José. Apenas em 2015, a Autopista Litoral Sul começou a trabalhar no trecho em Biguaçu e Palhoça.
A Alça de Contorno é uma importante obra não somente para a Região Metropolitana de Florianópolis, mas também para o Sul do País e Mercosul. Além de desviar o tráfego pesado de longa distância, a população local que circula pelos municípios poderá usar a nova rodovia, contribuindo para desafogar a BR-101, principalmente na proximidade do acesso a Florianópolis. A previsão é retirar da BR-101 20% do tráfego atual.
