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Aumento nos valores da bandeira tarifária impactará nas contas de luz

11/02/2015

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou na última sexta-feira (06/02) a proposta que aumenta em até 83% os valores da bandeira tarifária, que está sendo cobrada nas contas de luz desde 1º de janeiro. A proposta será ainda discutida em audiências públicas, previstas entre os dias 9 a 20 de fevereiro na Aneel. Caso não haja alteração no texto, os novos valores passam a vigorar a partir de 1º de março.

As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte forma:

Bandeira verde: condições favoráveis de energia. Tarifa não sofrerá acréscimo, mesmo com a aprovação da proposta.

Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. Com a proposta aprovada, a tarifa passa de R$ 1,50 para R$ 2,50 a cada 100 kWh (quilowatts-hora), gerando um aumento de 67%.

Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. Se aprovada a proposta, a tarifa passa de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 kWk consumidos, resultando em um aumento de 83%.

Apenas os consumidores do Amazonas, Amapá e Roraima não pagam taxa, pois não estão no SIN (Sistema Interligado Nacional). A Aneel pretende criar uma conta centralizadora para equilibrar os recursos das bandeiras entre todas as distribuidoras do SIN e fazer uma ampla campanha para esclarecer dúvidas aos consumidores e estimular o uso consciente da energia elétrica. As distribuidoras deverão divulgar a cor da bandeira que está valendo na conta mensal de energia.

O diretor do Setor de Serviços da AEMFLO e proprietário da Spaço Inox Indústria e Comércio, Edgar Martins, está preocupado com o acréscimo e conta que o reajuste em janeiro já trouxe impactos significativos. “Sentimos a diferença já na compra da matéria-prima que aumentou. A conta de luz teve um acréscimo de pelo menos 20% aqui na empresa e essas situações acabam nos forçando a repassar o reajuste para os preços”, relata.

O conselheiro da AEMFLO e CDL-SJ e proprietário da empresa Pirâmide Artefatos de Cimento, Tito Alfredo Schmitt, também lamenta. “Está ocorrendo o inverso de tudo o que foi prometido pelo governo, que oito meses atrás diminuiu uma série de custos. Não só a classe empresarial, mas toda a sociedade sofre com essa situação. Realmente não sei o que será do futuro das micro e pequenas empresas, que são a maioria na nossa região. O aumento vai refletir na perda de competitividade das empresas, principalmente com as de fora, que vão oferecer um preço melhor que o nosso”, justifica.

Com informações da Aneel e Agência Brasil

11/02/2015

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