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Aumento da tarifa de ônibus em Florianópolis traz prejuízos para as empresas

14/01/2015

A tarifa do transporte coletivo de Florianópolis está mais cara desde domingo. O valor da passagem no cartão aumentou de R$ 2,58 para R$ 2,98 e no dinheiro de R$ 2,77 para R$ 3,10. Segundo a prefeitura de Florianópolis, a elevação se deve a dois fatores. Um deles é a atualização da tarifa em si, que corresponde às variações do combustível, custo da mão de obra e do índice geral de preços.

O outro fator determinante para a elevação da tarifa foi a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, que obrigou a reposição dos cobradores que voluntariamente optassem por sair do sistema ou fossem promovidos ao cargo de motorista.

Com o aumento da tarifa, os empresários acabam arcando com mais um custo. O proprietário da Casa do Povo Tecidos e diretor de Comércio e Serviços da CDL-SJ, Rafael Kretzer Althoff, conta que 55 colaboradores de sua empresa utilizam o transporte público para trabalhar. Ele destaca que esse gasto afetará o consumidor. “O reajuste da tarifa elevará as despesas da empresa, que já enfrenta nesse início de ano o aumento da inflação. Esse custo, infelizmente, acabará sendo repassado para o preço final dos produtos e serviços”, relata.

O valor da tarifa das passagens de ônibus intermunicipais da Grande Florianópolis também aumentou, em dezembro. O reajuste de 6,5% foi aprovado pelo Deter (Departamento de Transportes e Terminais), com aumento médio de R$ 0,20. A decisão é válida para as linhas operadas pelas empresas Biguaçu, Santa Terezinha, Jotur e Imperatriz.

O conselheiro da AEMFLO e CDL-SJ, Conrado Coelho Costa Filho, lembra que o reajuste da tarifa do transporte público é normal no início do ano, mas que os valores não são compatíveis com o serviço oferecido. “Os prejuízos não se concentram apenas no aumento da tarifa. Há ainda o reajuste da inflação, as greves de ônibus que já fazem parte do calendário e outros fatores”, diz.

Para o presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza, a população se depara mais uma vez com reajustes em serviços básicos e importantes que não avançam em qualidade. “Se fala em inflação, custo de combustível, reajustes salariais, enfim, tudo certo, realmente é preciso que os reajustes aconteçam. Porém, necessitamos mais do que isso, como um transporte adequado, mais eficaz, inteligente e atrativo. Precisamos do efetivo retorno do que pagamos caro”, reflete.

Com informações da Prefeitura de Florianópolis e Deter

14/01/2015

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