O Brasil está na incômoda lista dos 12 países mais desiguais do mundo. Porém apresenta números que dão esperança à população. Segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a desigualdade vem caindo com rapidez nos últimos 11 anos consecutivos. Hoje, o país se encontra no menor nível de desigualdade da série histórica, que começou em 1960. A renda familiar per capita também aumentou. O crescimento foi de 2,7% paralelo à queda na pobreza nacional, que foi de 7,9% nos 12 meses estudados - janeiro de 2011 a janeiro de 2012.

A pesquisa aponta que entre 2003 e 2011, cerca de 40 milhões de pessoas saíram da classe D para a classe C (renda entre R$ 1.200 até R$ 5.174), que hoje conta com mais de 105,4 milhões de brasileiros. Cerca de 22,5 milhões pertencem à classe AB com salários maiores que R$ 7.475; e aproximadamente 63,5 milhões estão na classe D e E, com renda inferior a R$ 1.200.

Essa queda superou a meta da ONU (Organização das Nações Unidas). O ritmo de queda foi três vezes mais rápido do que e expectativa. O resultado é creditado às políticas públicas de redução da pobreza e ao fato dos brasileiros terem menos filhos e não deixarem de matriculá-los na escola. O resultado pode ser ainda maior se houver uma melhora na educação, que é considerada como fator mais importante na diminuição das desigualdades.

Fonte: Revista Época