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Alta de 1,01% da inflação em novembro reflete nos negócios

16/12/2015

Em novembro, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), chegou a 1,01%, tornando-se a maior taxa para o mês desde 2002, quando atingiu 3,02%. De janeiro a novembro, a inflação acumula alta de 9,62% e em 12 meses, o indicador está em 10,48%. A estimativa do Banco Central é que a inflação oficial feche 2015 em 10,61%. O índice reflete diretamente nos custos das empresas e no bolso do consumidor.

O valor da gasolina pesou, já que o item subiu 3,21% no último mês. Consequentemente, os outros combustíveis acabaram tendo seus valores reajustados: o etanol e o óleo diesel aumentaram 9,31% e 1,76%, respectivamente. O diesel representa 30% dos gastos da empresa Alexandre Turismo e o sócio-proprietário, José Marciel Neis, afirma que esse reajuste reflete no aumento do frete. “Enquanto no cenário internacional o preço dos combustíveis diminui, no Brasil só aumenta. Foram constantes aumentos ao longo do ano e esse veio para piorar ainda mais. Estamos pagando a conta dos prejuízos causados pela Petrobras”, diz.

Alimentos e bebidas também tiveram um grande impacto de outubro para novembro: 1,83%. Principalmente os ingredientes que compõem as receitas que embalam as festas de fim de ano. A batata teve seu preço reajustado em 27,46%, o tomate em 24,65% e a cebola em 10,39%. O empresário Amauri José Ribeiro Zabot, da Cantina Zabot, sentiu o reflexo em seu restaurante. “A picanha, por exemplo, que eu comprava por R$ 28,00 agora está por R$ 42,00. Teve aumento em diversos alimentos que fazem parte do nosso cardápio. Se eu somar tudo, a inflação influenciou 20% do aumento do meu custo total”, revela.

Também tiveram impactos os artigos de higiene pessoal (1,22%), roupas infantis (1,19%) e femininas (1,17%), plano de saúde (1,06%), cabeleireiro (0,70%) e empregado doméstico (0,45%). Além disso, a conta de luz subiu 0,98%, contribuindo para o aumento dos gastos com habitação, que passou de 0,75% para 0,76%.

16/12/2015

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