As empresas que operam em ambientes competitivos têm utilizado a Tecnologia da Informação para se desenvolver. A gestão empresarial tem passado por mudanças, principalmente pela disseminação do acesso à informatização, em plataformas do ambiente digital.
Diversas áreas são contempladas para melhorar a eficiência com o incremento da tecnologia. Fornecedores e clientes têm suas demandas atendidas em menor tempo. Neste ambiente tecnológico, colaboradores, fornecedores e clientes podem interagir em tempo real.
Para destacar esse assunto tão importante para as empresas, o presidente da AEMFLO e CDL São José, Marcos Souza, conversou com o empresário e diretor Regional do Kobrasol, Ewerton Luís Alves. Confira:
Marcos Souza: Nós sabemos que a tecnologia, hoje, influencia diretamente na gestão das empresas. Então, os empresários precisam se atualizar constantemente. Mas o que, efetivamente, a Tecnologia da Informação pode contribuir para a gestão de negócios?
Ewerton Luís Alves: Eu penso que, principalmente, nesse dinamismo que a nossa vida de empresário necessita. O comércio não se restringe só mais a região onde estão geograficamente, mas sim qualquer parte do mundo. Mudanças de regras tributárias... realmente, (a Tecnologia da Informação) é uma grande aliada para a gestão dos negócios. Hoje, não há como nenhuma empresa sobreviver em um mercado tão competitivo, como é atualmente, sem ter um aliado como a TI. Falo isso no apoio em decisões rápidas...
Souza: Isso envolve as pequenas empresas também?
Alves: De um microempresário até uma empresa em nível mundial: precisa investir em TI, claro, em proporções diferentes. Com o advento de novas tecnologias, temos hoje um cenário bem interessante: pequenos empresários estão usando a mesma tecnologia que grandes empresas. O que diferencia é o tamanho da empresa, o faturamento, mas os softwares são muito parecidos.
Souza: Hoje temos os softwares e temos também a parte de hardware, a parte física. Como a gente mensura o investimento disso? Quanto uma empresa precisa investir em software e hardware para ter, efetivamente, Tecnologia da Informação como apoio à sua gestão?
Alves: Eu adicionaria mais um item, que é a questão da pessoa, o serviço. Porque não adianta você investir somente em software ou hardware e não ter uma equipe qualificada. Não estou nem comentando em profissional interno, mas sim de parceiros, fornecedores. O que o mercado traz normalmente, em proporção (de investimento), é 30% em hardware, 40% software e 30% em serviços. O que impulsiona tudo isso é o serviço, é a mão de obra de fazer essa tecnologia funcionar.
Souza: Como os empresários podem se proteger dos hackers e vírus?
Alves: É muito complicado para uma empresa ter esses controles. Até então, poucos anos atrás, o cenário era: alguns servidores, desktops e notebooks, que seguiam um padrão de mercado, de sistema operacional. Hoje, nos estamos recebendo nas empresas tablets e smartphones de plataformas diferentes e o que os nossos funcionários fazem fora da empresa, querem trazer para dentro. Eles querem ter a mesma flexibilidade de baixar os softwares, escolher ferramentas. Uns preferem uma determinada plataforma, os demais têm outras preferências.
Então, quando chegam dentro da empresa, eles querem fazer isso igual, mas nós precisamos criar uma política de segurança, ter uma regra específica e difundida de como proteger. O mais importante é ter a regra. Com a tecnologia nós conseguimos ter o controle, mas temos que levar para o nosso funcionário o que pode ser feito, que tipo de software pode ser utilizado. Por exemplo, uma empresa de médio porte, em que um funcionário de uma hora para outra deseja instalar um software na máquina dele, só que um software que não está licenciado. (O que acontece) A empresa vai ter que ser responsabilizada caso aconteça algum problema...
Souza: Então, precisa ter uma política muito clara de acesso...
Alves: Sim, de que software deve/pode ser instalado.
Souza: Podemos dizer que a tecnologia hoje está em tudo?
Alves: Sem dúvida alguma. A tecnologia está aí para ser utilizada e eu vejo que tem muita gente pensando no que fazer com a tecnologia. Conheci uma empresa que o que eles fazem é extremamente curioso. Eles trabalham com rastreamento de alimento. Por exemplo, você compra uma maçã no supermercado, mas você consegue saber a origem dessa maçã, qual fazenda foi cultivada, por onde foi transportada, para ter a certeza da origem. Temos também, em Santa Catarina, leite rastreado e uma série de soluções. Vamos ver muito a frente agora as cidades inteligentes, não simplesmente cidade disponibilizando link de internet, mas sim controlando o tráfego...
Souza: Utilizando isso para gerar informação.
Alves: Isso. Tendo, por exemplo, sistema de saúde totalmente integrado, de prontuários... Imagine: você tem um filho e o município consegue controlar que o seu filho tomou a vacina na época certa, em qual posto de saúde... então você consegue mapear. Talvez um dia chegue a ter um chip, mas a situação hoje é diferente, mais para controle, saber como os recursos estão sendo utilizados. Mas realmente tem uma infinidade de recursos que a gente pode utilizar. Antigamente, você ficava, por exemplo, no aeroporto 3h esperando o voo de braços cruzados, lendo revista, tomando café, era uma coisa extremamente complicada.
Souza: Agora temos o mundo na palma da mão...
Alves: Hoje não, se você chega lá e vê que o voo está atrasado ou você está na recepção para falar com um cliente seu, você abre teu celular e já começa a trabalhar. É isso que eu falo, a TI trouxe principalmente dinamismo, você consegue trabalhar de forma mais prática, objetiva e sempre.