Ontem foi um dia importante na vida do brasileiro e uma resposta à uma sociedade decepcionada e desrespeitada. Na votação do mensalão, considerado o maior escândalo da política do país, o Supremo decide conceder nova chance aos 12 condenados do caso. Por seis votos a cinco, o plenário decidiu que são cabíveis embargos infringentes, julgando constitucional. Mas a questão é: a decisão foi moral?
Para o presidente da AEMFLO e CDL de São José, Marcos Antonio Cardozo de Souza, o sentimento colhido da sociedade é de indignação. A discussão pela reforma política deve começar a ser feita e, inclusive, debater o que é legal, mas não é moral. “Mais do que uma indignação, percebe-se uma preocupação e um precedente que o Supremo causa, dando uma chance para um novo julgamento. A impunidade permeia em todas as esferas e se não houver uma condenação exemplar ao caso do mensalão, o que nos resta?”, questiona.
Votação
Os condenados têm 30 dias para apresentarem recurso.
A favor dos embargos infringentes
Celso de Mello (indicado por José Sarney)
Rosa Weber (indicada por Dilma)
Teori Zavascki (indicado por Dilma)
Dias Toffoli (indicado por Lula)
Luis Roberto Barroso (indicado por Dilma)
Ricardo Lewandowski (indicado por Lula)
Contra os embargos infringentes
Gilmar Mendes (indicado por FHC)
Joaquim Barbosa (indicado por Lula)
Marco Aurélio Mello (indicado por Collor)
Cármem Lúcia (indicada por Lula)
Luiz Fux (indicado por Dilma)