O ano começou com a renovação do mandato ao cargo máximo do país. E durante a campanha à presidência, a palavra mais pronunciada, mais discutida foi mudança e o tema mais amplamente evocado foi reforma, de acordo com a então candidata Dilma.
O assunto não é novidade, há duas décadas, ideias sobre uma reforma política são discutidas e sugeridas, porém, o que fez o assunto ganhar maior proporção foi a série de manifestações populares em junho de 2013, quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar e reivindicar por mudanças. Mas fomos ignorados, tratados com descaso, desrespeito e indiferença. E, cada vez mais, sentimos o peso da corrupção, a volta da temida inflação, o aumento dos impostos, o custo absurdo da falida máquina pública e o desrespeito com os cidadãos.
Meses antes das eleições, fomos informados com um discurso eleitoreiro pela presidente, a notícia da redução da energia elétrica para residências. Na mesma época da fantasiosa redução de preço, o país convivia com a copa mais cara do mundo, aquela que teve muitas obras superfaturadas e até hoje, inacabadas.
Hoje foram incorporados diversos aumentos abusivos na energia elétrica e, de quebra, uma nova e injusta regra de bandeiras tarifárias. Para completar a série de questões que dificultam o desenvolvimento, também fomos contemplados com aumentos nos combustíveis, que retrai as empresas, impacta na geração de empregos, diminui o quadro de funcionários, produtividade e, consequentemente, eleva ainda mais o conhecido custo Brasil.
A tabela do imposto de renda está defasada, a regra da folha pagamento vem sofrendo especulações para retorno de mais oneração, o dólar ultrapassa a marca dos R$ 3,00, o país perde credibilidade dos investidores, enquanto a sociedade produtiva agoniza.
O mesmo infeliz descrédito ganha a Petrobrás, com tantos escândalos de corrupção – esta que se apresenta desenfreada por parte de corruptos e corruptores, e que têm envergonhado a população brasileira. Áreas prioritárias como saúde, segurança, educação e infraestrutura continuam com ínfima atenção.
E, mesmo diante deste cenário, ainda encontramos forças para mudar. A população manifesta, de maneira legítima, ordeira e pacífica, o repúdio à corrupção e à má qualidade dos serviços públicos, encorajando-nos e fortalecendo-nos, com a convicção de que vale a pena lutarmos pela nossa pátria amada. Despertamos: Acorda Brasil!
Manifestação
Vamos convidar e orientar nossos familiares, amigos e colaboradores, para exercermos nosso direito de manifestação, de forma democrática, responsável, disciplinada e pacífica, preservando assim, nossa integridade física e moral. A manifestação acontecerá no próximo domingo, 12 de abril, a partir das 16h, com saída do trapiche de Beira-mar. Dentre tantas bandeiras, vamos levantar a necessidade urgente de ordem e progresso nos ajustes fiscais com redução de gastos públicos, na punição dos corruptos em todas as esferas, na reforma tributária, nas reformas política e eleitoral e na ética em toda atuação política.
Foto: Divulgação CCS-PMSC